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Bolsonaro desdenha de pedidos de impeachment e ataca a imprensa com palavrões

27 jan 2021 - 19h12
(atualizado às 19h40)
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Em meio a um recrudescimento dos casos e mortes por Covid-19 no país, que já vitimou mais de 218 mil pessoas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a pandemia do novo coronavírus "pode ser fabricada" e ainda desdenhou dos pedidos de abertura de impeachment de que é alvo na Câmara dos Deputados.

16/12/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
16/12/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"Quis o destino que uma pandemia, que pode ser fabricada, nos atingiu no início do ano passado", disse em trecho de um vídeo que circulava nas redes sociais.

"Nós continuaremos nessa cadeira até o final de 2022, tenham certeza disso. Não adianta falar que tem 40 processos de impeachment, Roberto Jefferson (presidente do PTB, presente ao encontro), porque se juntar todos, não dá nada. Absolutamente nada. Propostos por partidos de esquerda como o PT, PCdoB e PSOL ou até mesmo a OAB não levam a lugar nenhum a não ser para causar transtorno e tentação na sociedade", complementou.

As declarações de Bolsonaro --gravadas em vídeo e que circulam nas redes sociais-- foram dadas em um almoço organizado por um grupo de cantores sertanejos. O evento foi fechado para a imprensa.

LEITE CONDENSADO

Outro vídeo mostra o presidente xingando a imprensa pelo que considera ataques que está sendo alvo por uma reportagem na véspera referente a gastos do governo com a compra de leite condensado.

"E quando eu vejo a imprensa me atacar, dizendo que eu comprei 2 milhões e meio de latas de leite condensado...", disse Bolsonaro, antes de completar com um palavrão, que arrancou aplausos dos presentes, entre eles o ministro das Relações Extereriores, Ernesto Araújo.

"Imprensa de m... essa daí, é para enfiar no rabo de vocês aí essa lata de leite condensado", afirmou.

Bolsonaro disse que a compra não é para a Presidência da República --na verdade, a própria reportagem sobre o assunto, divulgada pelo site Metrópoles, já dizia que era para todo o governo federal.

O Palácio do Planalto não se manifestou de imediato ao ser procurado para comentar as declarações do presidente.

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