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Bolsonaro diz a canal do Youtube que ainda não tem "nada ganho" e pede mobilização

25 out 2018 - 11h13
(atualizado às 12h25)
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O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista a canal do Youtube nesta quinta-feira que "não tem nada ganho" na disputa contra Fernando Haddad (PT) no segundo turno pelo Palácio do Planalto, e pediu que seus apoiadores se mantenham mobilizados e trabalhem para garantir a vitória na votação de domingo.

 Bolsonaro, durante entrevista no Rio de Janeiro 11/10/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Bolsonaro, durante entrevista no Rio de Janeiro 11/10/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Bolsonaro chega na reta final da disputa presidencial com vantagem folgada sobre Haddad, segundo pesquisa Ibope divulgada na terça-feira. De acordo com o levantamento, o capitão da reserva do Exército tem 57 por cento dos votos válidos, contra 43 por cento do ex-prefeito de São Paulo.

Apesar da liderança, Bolsonaro disse, em entrevista ao canal de YouTube Terça Livre TV, que existe uma "possibilidade remota" de vitória do candidato do PT, e pediu que seus partidários continuem trabalhando.

"Não tem nada ganho ainda, nós temos que trabalhar. O outro lado é uma fábrica de 'fake news'", disse Bolsonaro. "Vamos manter mobilizados porque o jogo só acaba quando termina."

"O PT a gente sabe que faz acordo com o diabo para conseguir o poder. Ainda existe a possibilidade remota, mas existe, de ter o seu presidente eleito, entre aspas, agora no dia 28, então essa é a grande preocupação que nós temos. Se o PT voltar, lamento informar, mas a Venezuela será um paraíso perto do que o Brasil poderá ser", acrescentou.

Na entrevista, Bolsonaro voltou a criticar a mídia pelo que afirma serem notícias falsas a seu respeito, e disse que as mídias sociais "liberaram do monopólio da mídia do mal muitos que acreditavam no que viam na televisão ou liam num pedaço de papel".

Questionado sobre uma possível ligação do crime organizado com o atentado a faca sofrido durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) no mês passado, que o levou a passar por duas cirurgias e ficar 23 dias hospitalizado, Bolsonaro disse ter recebido informações de que sua morte seria do interesse de "corruptos", "terroristas" e "pessoal de esquerda".

"A minha morte sim seria algo que acalmaria o que há de pior no Brasil, ou seja, os corruptos, os terroristas aqui, o pessoal de esquerda, porque eles se acertariam. O que eles querem na verdade? Colocar um ponto final na Lava Jato e o decreto de indulto para Lula e seus outros que cometeram crimes correlatos."

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