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Bolsonaro diz que fechará fronteira com Venezuela, mas manterá tráfego de mercadorias

17 mar 2020 - 18h06
(atualizado às 19h18)
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O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira que o governo editará uma portaria para fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela, mantendo apenas a passagem de mercadorias.

16/03/2020
REUTERS/Adriano Machado
16/03/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Segundo o presidente, a decisão foi tomada para impedir o colapso do sistema de saúde de Roraima, mas não é preciso fechar totalmente a fronteira porque existe uma dependência da economia do Estado do comércio com a Venezuela.

"Amanhã tem uma portaria. Não é fechamento total. O tráfego de mercadorias vai continuar acontecendo... Se você fecha o tráfego lá com a Venezuela, a economia de Roraima desanda", disse o presidente.

Bolsonaro afirmou ainda que a decisão foi tomada porque essa é uma fronteira "mais sensível", mas que fechamento de fronteiras "não é uma solução mágica".

Mais cedo, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse que sua pasta já havia se manifestado favoravelmente. Ressaltou que o sistema de saúde da Venezuela já entrou em colapso e o Estado de Roraima não capacidade de atender mais venezuelanos.

Antes disso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou o fechamento de fronteiras e uma maior restrição à circulação de pessoas.

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Bolsonaro anunciou ainda que o governo deve criar um benefício para trabalhadores informais, como vendedores ambulantes, que terão sua renda prejudicada pela epidemia de coronavírus.

Segundo o presidente, seria uma ajuda por algum tempo, um "voucher", e a equipe econômica estaria estudando valores e formas de pagamento.

Além disso, disse Bolsonaro, está na pauta do governo e pode ser anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, um pacote de ajuda para as companhias aéreas. As empresas brasileiras anunciaram nos últimos dias uma redução considerável nas Suas operações.

"O que a gente pensa aqui: fica muito mais caro se você não colaborar. Porque demissões virão, e quando vem demissões todo mundo perde. O patrão que tem que pagar os encargos trabalhistas, o FGTS. Nosso lado de cá fica o seguro-desemprego... não é fácil no Brasil. Se tivéssemos uma legislação trabalhista mais simples, que pudesse atender patrões e empregados, estaria menos difícil enfrentar uma situação como essa", argumentou.

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