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Bolsonaro diz que Petrobras não precisa mudar política de preço dos combustíveis

8 ago 2022 - 21h21
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O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira que não é necessária uma mudança na política de preços da Petrobras para combater a alta nos valores dos combustíveis.

Bolsonaro argumentou, em entrevista ao canal Flow Podcast, no YouTube, que tem pouca margem para interferir na estatal, mas lembrou que trocou tanto o comando da empresa quanto do Ministério das Minas e Energia para conseguir baixar os preços.

"Agora, não precisa mudar o PPI", disse o presidente, ao comentar suas iniciativas para baixar o preço dos combustíveis.

Bolsonaro aproveitou, ainda, para elogiar o desempenho do Caio Mário Paes de Andrade na presidência da Petrobras -- o quarto ocupante do cargo desde o início do governo.

"Botamos o Caio, que era da equipe econômica do Paulo Guedes. Conversamos com ele: 'Caio estuda o PPI, veja quando é que nasceu PPI'. Nasceu quando o preço do petróleo estava lá embaixo", explicou o presidente, acrescentando que a política servia para conter um endividamento da estatal.

"Estancou (a dívida)... o PPI não é o reajuste imediato. Então você pode ver, o trabalho do Caio, ele buscou uma maneira legal que baixou na refinaria já 35 centavos o litro da gasolina e já baixou 20 centavos o diesel. É pouco? Sei que é pouco, mas a tendência era uma curva ascendente. Então o trabalho do Caio, com responsabilidade, chegou nisso", defendeu.

A política de preços adotada pela Petrobras leva em conta o princípio o preço de paridade internacional (PPI), que inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias. A formação dos preços dos combustíveis também considera uma margem para remuneração de riscos inerentes à operação, tais como volatilidade da taxa de câmbio e dos preços, sobreestadias em portos e lucro, além de tributos.

Na entrevista, o presidente também citou as reduções de impostos do governo federal que incidem sobre os combustíveis, e afirmou que já está combinado com a área econômica a manutenção de isenções tributárias.

"Já está acertado com a equipe econômica, nós vamos manter o desconto em impostos no ano que vem", disse, sem detalhar que tributos seriam abrangidos pela isenção.

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