Bolsonaro lamenta explosões em Brasília e pede 'pacificação'
Ex-presidente repudiou ofensiva na Praça dos Três Poderes
O ex-presidente Jair Bolsonaro lamentou e repudiou as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em frente ao Supremo Tribunal Federal, na noite passada, segundo nota divulgada em seu perfil no X nesta quinta-feira (14).
No texto, o político de direita classificou a ofensiva como "um ato isolado" causado, "ao que tudo indica", por "perturbações na saúde mental da pessoa que, infelizmente, acabou falecendo".
Francisco Wanderley, de 59 anos, morreu após uma sequência de explosões e seu corpo só foi retirado do local nesta manhã, porque as autoridades locais ainda tentavam identificar se havia mais explosivos em suas roupas. O ataque não deixou feridos.
"É um acontecimento que nos deve levar à reflexão", alertou Bolsonaro, enfatizando que "já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideais possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força".
Durante seu mandato, Bolsonaro protagonizou diversos conflitos públicos com as instituições democráticas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em junho de 2020, inclusive, seus apoiadores lançaram fogos de artifício na direção do prédio do STF, em Brasília, e chegaram a ser presos por atos antidemocráticos. Já em 8 de janeiro do ano passado, bolsonaristas também invadiram a sede do Supremo, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional em um ato golpista.
Hoje, no entanto, o ex-mandatário ressaltou que "a defesa da democracia e da liberdade não será consequente enquanto não se restaurar no nosso país a possibilidade de diálogo entre todas as forças da nação".
Para ele, "as instituições têm um papel fundamental na construção desse diálogo e desse ambiente de união".
"Apelo a todas as correntes políticas e aos líderes das instituições nacionais para que, neste momento de tragédia, deem os passos necessários para avançar na pacificação nacional. Quem vai ganhar com isso não será um ou outro partido, líder ou facção política. Vai ser o Brasil", concluiu. .