Bolsonaro recebe embaixadores em audiências fechadas
A ideia inicial do governo era a de fazer uma cerimônia no Palácio do Planalto, mas os embaixadores recusaram.
O presidente Jair Bolsonaro recebe, nesta segunda, 6, dez embaixadores em audiências fechadas. Inicialmente, a ideia, apresentada a Bolsonaro pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, era a de fazer uma cerimônia regular - em que os embaixadores sobem a rampa e são recebidos pelo presidente em um dos salões do segundo andar do Planalto. Contudo, as embaixadas reagiram negativamente devido à pandemia do novo coronavírus, já que a cerimônia causaria aglomeração de pessoas.
A chegada de Todd Chapman, novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, foi o que motivou a recepção de "boas vindas", estendida também a outros nove embaixadores. A embaixada dos EUA estava sem titular desde 2018.
Estão na lista os embaixadores Wael Ahmed Kamal Aboul Magd, do Egito; Ranko Vilovic, da Croácia; Francesco Azzarelo, da Itália; Jorge Alberto Mila Reyes, de Honduras; Jakub Tadeusz Skiba, da Polônia; Hossein Gharib, do Irã; além de Chapman.
Cancelamento
A proposta da cerimônia causou constrangimento nos meios diplomáticos, contaram à agência Reuters duas fontes que acompanharam a decisão. Assim, a recepção, que seria no fim da manhã desta segunda, foi abortada depois que os corpos diplomáticos fizeram chegar ao Itamaraty que a ideia de aglomeração não seria conveniente nesse momento.
Depois da viagem de Bolsonaro a Miami, 23 pessoas que estava na comitiva ou tiveram contato próximo com os brasileiros foram infectadas pelo coronavírus. Entre elas, o chefe do cerimonial do Palácio do Planalto, ministro Carlos Alberto França, e o chefe do cerimonial do Itamaraty, ministro Alan de Selos.