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Bolsonaro volta a atacar imprensa e diz: "Tenho couro duro"

7 out 2019 - 11h01
(atualizado às 13h12)
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Bolsonaro, durante evento no Planalto 3/10/2019 REUTERS/Adriano Machado
Bolsonaro, durante evento no Planalto 3/10/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro voltou a negar nesta segunda-feira ter qualquer ligação com as suspeitas de candidaturas-laranjas de seu partido, o PSL, em Minas Gerais, e acusou a imprensa de querer derrubá-lo com mentiras e distorções.

Após cumprimentar apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro se direcionou a jornalistas que estavam no local e criticou a imprensa, chamando de "patifaria" e "covardia" uma reportagem do jornal Correio Braziliense segundo a qual o governo estuda acabar com a estabilidade dos servidores federais como parte de uma nova reforma administrativa.

"Nunca falei nesse assunto, isso é querer jogar o servidor contra mim", disse Bolsonaro, de acordo com vídeo de um apoiador do presidente disponível no YouTube.

"Como ontem a Folha de S.Paulo querer me ligar ao problema de Minas Gerais. É um esgoto a Folha de S.Paulo. Lamento a imprensa brasileira agir dessa maneira, o tempo todo mentindo, distorcendo, me difamando. Vocês querem me derrubar? Eu tenho couro duro, vai ser difícil", acrescentou.

Na sexta-feira, o Ministério Público estadual de Minas Gerais ofereceu denúncia contra o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em uma investigação em que ele é alvo sobre uso de candidaturas-laranjas do PSL no Estado nas eleições passadas.

A acusação tem como base o indiciamento feito pela Polícia Federal do ministro do Turismo. Antônio presidiu o diretório mineiro do PSL e é suspeito de envolvimento na escolha de candidaturas de fachada com o objetivo de desviar recursos públicos do fundo eleitoral.

A defesa de Marcelo Álvaro Antônio afirmou em nota que, "embora o ministro tenha ocupado a posição de presidente do partido, ele não exerceu qualquer ato relacionado ao objeto das apurações".

"E apesar de ter sido profundamente investigado durante esses oito meses de inquérito instaurado não há um depoimento ou prova sequer que demonstre qualquer ilícito imputável ao Ministro", declarou o advogado Willer Tomaz, na nota.

Bolsonaro ja tinha negado envolvimento no domingo com o caso das supostas candidaturas-laranjas do PSL em Minas Gerais, em uma publicação no Twitter em que também criticou o jornal.

O presidente disse que sua campanha não usou dinheiro do fundo partidário. Também no domingo, Bolsonaro recebeu o apoio do ministro da Justiça, Sergio Moro, que afirmou, por meio da rede social, que nada foi observado contra Bolsonaro nas investigações do caso.

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