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Brasil altera restrição a cruzeiros e isolamento voluntário

15 mar 2020 - 13h55
(atualizado em 16/3/2020 às 16h14)
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Vista do navio bahamense Silver Shadow de cruzeiro que está atracado no Porto do Recife, em Pernambuco
Vista do navio bahamense Silver Shadow de cruzeiro que está atracado no Porto do Recife, em Pernambuco
Foto: Pedro de Paula/Código 19 / Estadão

O Ministério da Saúde decidiu retirar "para revisão e ajuste" uma recomendação de restrição a cruzeiros no País, além de ter excluído também sugestão de isolamento voluntário de pessoas que chegam de viagens devido à "dificuldade operacional de implantação", segundo boletim do Ministério da Saúde no sábado.

O documento, que traz uma "errata" com essas informações, afirma que identificou "pontos para aprimoramento" após sugestões recebidas de Estados e municípios.

Em relação a cruzeiros, a pasta apontou que sua recomendação "será revista para tornar o texto claro e garantir os direitos e segurança dos consumidores".

O recuo leva em conta "a necessidade de diferenciação entre os cruzeiros em trânsito, dos cruzeiros que ainda não iniciaram e que podem atuar como ambiente de risco durante o período de maior transmissibilidade da doença, podendo conferir risco aos passageiros em alto mar", acrescentou.

Para evitar a transmissão local do vírus, o Ministério da Saúde recomendou restrição de contato social para "idosos e doentes crônicos" nas cidades onde já houve infecção local ou comunitária, propondo também que se vacinem contra "influenza".

Para eventos com aglomerações, incluindo governamentais, políticos, artísticos e culturais, a pasta afirmou que organizadores ou responsáveis devem notificar a secretaria de saúde local e disponibilizar locais para que as pessoas lavem as mãos com frequência, além de oferecer álcool gel.

A pasta não fala em restrições, mas sugere que organizadores considerem "a possibilidade de adiar ou cancelar", recomendando também que eventos possam ocorrer "virtualmente e sem platéia ou público, evitando a concentração de pessoas".

O boletim do ministério também sugere que em áreas com transmissão comunitária do vírus se incentivem as pessoas a trabalhar de casa e realizar reuniões virtuais, bem como a adoção de horários alternativos de trabalho para reduzir o fluxo em horários de pico.

Instituições de ensino nessas regiões devem "planejar a antecipação de férias... ou uso de ferramentas de ensino a distância", segundo o documento.

Declarações de quarentena devem ocorrer nessas áreas caso seja atingida a marca de 80% de ocupação dos leitos de UTI disponíveis para resposta ao coronavírus, acrescenta o boletim.

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