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Brasil descarta que legalização da maconha no Uruguai afete o País

11 dez 2013 - 19h38
(atualizado em 12/12/2013 às 01h06)
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"O Uruguai está seguindo este caminho e o Brasil segue o seu", disse o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo
"O Uruguai está seguindo este caminho e o Brasil segue o seu", disse o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil

O governo descartou nesta quarta-feira que a legalização da produção e da venda de maconha no Uruguai possa afetar a saúde da população ou a segurança na fronteira entre os dois países.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, garantiu que a aprovação da lei que legaliza a maconha no país vizinho terá um impacto mínimo na saúde da população brasileira, tanto pela eventual entrada de erva vinda do Uruguai ou pelos brasileiros que viajarão para território uruguaio para consumi-la.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, minimizou a questão, e disse que o Brasil não precisa adotar medidas adicionais para garantir a segurança na fronteira com o Uruguai diante da possibilidade de um aumento do tráfico de entorpecentes.

"Nosso plano de fronteiras já tem êxitos indiscutíveis do ponto de vista de apreensão e fiscalização. Independente das políticas adotadas em qualquer país de nossa fronteira", afirmou Cardozo em declarações a jornalistas.

O ministro da Justiça lembrou que o Brasil vem cuidando de suas fronteiras, "independente das políticas adotadas em qualquer país vizinho". E acrescentou que cada país é autônomo para adotar as medidas que considera adequadas para tratar uma questão como as drogas.

"O Uruguai está seguindo este caminho e o Brasil segue o seu. Isso tem que ser respeitado. A discussão continua na sociedade, existe a experiência em vários países e os governos vão avaliando e participando dos debates para tomar as medidas que acharem necessárias", afirmou.

Quanto ao possível impacto que a legalização da maconha no Uruguai poderá ter na saúde dos brasileiros, Padilha minimizou.

"Acho que não (terá impacto). A lei brasileira já despenalizou o consumidor", disse o ministro da Saúde, para quem o grande desafio atual das autoridades do Brasil é "montar uma rede de cuidados de saúde às pessoas que são vítimas do uso abusivo de drogas, sobretudo o crack, para reduzir seu sofrimento e de suas famílias".

Além de oferecer tratamento, o Brasil está preocupado em fortalecer as políticas de prevenção e não em entrar no debate sobre a legalização.

O Uruguai, em onde o consumo já tinha sido despenalizado, se tornou ontem o primeiro país no mundo a legalizar a produção e a venda de maconha depois de o projeto de lei do presidente José Mujica ser aprovado no Senado.

EFE   
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