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Brasil eleva nota, mas cai em índice de democracia

País aparece em 50º lugar em relatório da Economist

9 jan 2019 - 19h02
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O Brasil caiu uma posição no "Índice de Democracia 2018", elaborado pela consultoria Economist Intelligence Unit , ligada à revista britânica The Economist, para medir o nível democrático de regimes políticos em 167 países.

Cerimônia de posse do presidente Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro
Cerimônia de posse do presidente Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Apesar de ter melhorado sua nota de 6.86 para 6.97, a maior nação da América Latina saiu da 49ª para a 50ª posição, ultrapassada pela Colômbia.

Com boas avaliações nos quesitos "processo eleitoral e pluralismo" (9.58) e "liberdades civis" (8.24), o Brasil perde pontos nas categorias "participação política" (6.67), "funcionamento do governo" (5.36) e "cultura política" (5.00).

O ranking qualifica a democracia brasileira como "imperfeita". Em seu relatório, a Economist diz que a eleição de Jair Bolsonaro como presidente mostra que os "rumores sobre a morte do populismo eram amplamente exagerados".

O ranking é liderado pela Noruega (9.87), seguida por Islândia (9.58), Suécia (9,39), Nova Zelândia (9,26) e Dinamarca (9.22). Canadá (9.15), Irlanda (9.15), Finlândia (9.14), Austrália (9.09) e Suíça (9.03) completam o top 10.

Já os Estados Unidos aparecem apenas na 25ª posição, com 7.96, atrás de países como Uruguai (15º, com 8.38), Maurício (17º, com 8.22), Costa Rica (20º, com 8.07) e Chile (23º, com 7.97). Os menos democráticos, por sua vez, são Coreia do Norte (1.08), Síria (1.43), República Democrática do Congo (1.49), República Centro-Africana (1.52) e Chade (1.61).

Itália

Também rendida ao populismo, a Itália, país-fundador da União Europeia, despencou 12 posições, da 21ª para a 33ª, com uma nota de 7.71 - a anterior era de 7.98.

Assim como o Brasil, a nação da bota é classificada como "democracia imperfeita", apesar de ser bem avaliada nos quesitos "processo eleitoral e pluralismo" (9.58) e "liberdades civis" (8.24). Porém o "funcionamento do governo" (6.07) e a "cultura política" (6.88) puxam a média para baixo.

"Na Itália, a queda da confiança na política tradicional produziu uma retumbante vitória nas eleições parlamentares de março do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e da eurocética e anti-imigrantes Liga, que formam uma coalizão que adotou uma linha dura contra a imigração", diz a Economist.

Segundo a publicação, existe um "risco de deterioração das liberdades civis" no país.

Ansa - Brasil
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