Brasil faz carta de compromissos por extradição de Pizzolato
Justiça do país europeu decididiu extraditá-lo, mas cabe ao governo italiano dar a palavra final sobre a vinda do condenado
Em reunião realizada neste sábado, o Ministério da Justiça concluiu o texto de uma correspondência que será encaminhada ao governo da Itália. Na carta, constam compromissos do Estado brasileiro em relação à extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil que fugiu para não ser preso por envolvimento no esquema do mensalão.
A nota do Ministério da Justiça não detalhou quais foram os compromissos anunciados pelo Brasil e só deve divulgar o teor do texto na segunda-feira, depois que a Itália receber a carta. Apesar de a Justiça o país europeu ter decidido extraditá-lo, cabe ao governo italiano dar a palavra final sobre a vinda do condenado.
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Em outubro do ano passado, a Corte do Tribunal de Bologna negou extraditar Pizzolato com base nas condições dos presídios brasileiros. O Brasil recorreu à Corte de Cassação de Roma, que determinou a extradição.
A situação de Pizzolato é semelhante à do ex-ativista italiano Cesare Battisti, que teve a extradição autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas a palavra final ficou com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que autorizou sua permanência no Brasil.
Participaram da reunião para elaborar a carta de compromissos o ministro Cardozo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, subsecretário geral das Comunidades Brasileiras no Exterior.