Brasil pede suspensão imediata das hostilidades na Ucrânia
Itamaraty publicou nota sobre o conflito com a Rússia
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil publicou uma nota formal na manhã desta quinta-feira (24) sobre o ataque militar da Rússia contra a Ucrânia. Para o Itamaraty, é preciso haver a "suspensão imediata das hostilidades".
"O governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia. O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil", diz o comunicado.
Citando que atualmente é membro do Conselho de Segurança da ONU, o Itamaraty ressalta que "o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica, em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias".
A nota, apesar de diplomática, é de um tom mais duro do que as falas anteriores do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a dizer, na viagem de última semana a Moscou, que era "solidário" com a Rússia. Nesta quinta, o mandatário ainda não se manifestou formalmente.
Além do comunicado sobre a ofensiva russa, o Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota de orientação para os cerca de 500 cidadãos que estão na Ucrânia neste momento.
"Solicita-se aos cidadãos brasileiros em território ucraniano, em particular aos que se encontrem no leste do país e outras regiões em condições de conflito, que mantenham contato diário com a Embaixada. Caso necessitem de auxílio para deixar a Ucrânia, devem seguir as orientações da Embaixada e, no caso dos residentes no leste, deslocar-se para Kiev assim que as condições de segurança o permitam", ressalta a nota. .