Brasil teve 98 mortes por febre amarela desde julho de 2017
O Brasil teve 353 casos confirmados e 98 mortes por febre amarela de julho do ano passado até terça-feira, mostrando um crescimento em relação ao balanço divulgado pelo Ministério da Saúde na semana passada, quando haviam sido registrados 213 casos e 81 mortes no país.
No total, durante o período de monitoramento, foram notificados 1.286 casos suspeitos, dos quais 510 foram descartados e 423 continuam em investigação, informou o ministério em levantamento semanal, divulgado nesta quarta-feira.
O número de casos e mortes se concentrou basicamente nos Estados de São Paulo --onde foram 161 e 41, respectivamente-- e de Minas Gerais --onde somaram 157 e 44.
Como medida preventiva e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quando há aumento de casos de febre amarela silvestre de forma intensa, o ministério adotou campanha de fracionamento da vacina contra a febre amarela nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A campanha de vacinação na Bahia começa no dia 19 de fevereiro.
Falando com repórteres em Genebra nesta quarta-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou confiança na efetividade da vacina contra a febre amarela no Brasil. "Nós esperamos que haja bom progresso. A vacina contra a febre amarela é a mais potente, então esperamos que o progresso seja bom", disse.
O Ministério da Saúde reiterou que não há registro confirmado de febre amarela urbana no país, mas informou que um caso da doença em São Bernardo do Campo (SP) está sendo estudado para identificar a forma de transmissão da doença.
O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942 --o recente aumento de casos refere-se à versão silvestre da doença, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. A urbana é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
No mesmo período no ano passado, de julho de 2016 até 6 de fevereiro de 2017, foram confirmados 509 casos de febre amarela e 159 mortes no Brasil.