Brasil registra primeiros casos da deltacron
Mutação foi identificada na França e, por enquanto, pesquisadores descartam motivo de preocupação
Ministro da Saúde confirma duas infecções no país com cepa que reúne características da delta e da ômicron. Mutação foi identificada na França, e, por enquanto, pesquisadores descartam motivo de preocupação.O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou nesta terça-feira (15/03) os primeiros casos de infecção pela nova variante do coronavírus, a deltacron - cepa que reúne características da delta e da ômicron. A mutação foi descrita no início deste mês em estudo publicado na França.
"Nosso serviço de vigilância genômica já identificou dois casos no Brasil. Um no Amapá, outro no Pará", afirmou o ministro. "Esta variante é considerada de importância e requer o monitoramento", acrescentou Queiroga, assegurando que, mesmo com a queda de casos de covid-19 no país, as autoridades sanitárias devem continuar vigilantes.
O Brasil registrou 11.287 novos casos de covid-19 na segunda-feira. Com isso, o total de infecções contabilizadas no país chegou a 29.380.063, e os óbitos oficialmente identificados somam 655.249.
O ministro reforçou ainda a importância da vacinação para conter a pandemia e afirmou que as medidas contra a nova variante continuam as mesmas.
Identificada na França
A deltacron foi identificada na França e estaria circulando no país desde janeiro. Em estudo publicado na semana passada, ainda não revisado, pesquisadores franceses afirmam que a variante combina a proteína spike da ômicron com o "corpo" da delta. Ao menos 17 pacientes nos Estados Unidos e na Europa foram infectados com a nova cepa.
Devido ao baixo número de casos confirmados, ainda não é possível saber se a deltacron é mais transmissível ou mais perigosa do que as outras variantes já identificadas. Os pesquisadores disseram que, no momento, a cepa não é motivo de preocupação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse estará ciente do aparecimento de casos de covid-19 que parecem combinar as variantes delta e ômicron, algo que foi detectado em países como França, Holanda e Dinamarca, e destacou que especialistas estão examinando a possível consequência dessa combinação.
CN/LF (ots, Reuters, Efe)