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Brasil tem 58 casos suspeitos de reinfecção por covid-19 no país em análise, diz Ministério da Saúde

Apesar de vários Estados, como São Paulo nesta quarta-feira (16/12), terem relatado reinfecções, Ministério da Saúde diz que só considera caso confirmado aquele que passa por checagem em laboratório de referência nacional — o que aconteceu em apenas um caso, do Rio Grande do Norte.

17 dez 2020 - 19h41
(atualizado às 19h44)
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Segundo critérios do Ministério da Saúde, reinfecção deve ser detectada com testes RT-PCR com intervalo de no mínimo 90 dias
Segundo critérios do Ministério da Saúde, reinfecção deve ser detectada com testes RT-PCR com intervalo de no mínimo 90 dias
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Por enquanto, há apenas um caso de reinfecção por covid-19 confirmado no Brasil — pelo menos segundo critérios do Ministério da Saúde.

Vários Estados já divulgaram casos de reinfecção, como fez São Paulo nesta quarta-feira (16/12), mas o ministério informou que, segundo seu protocolo, é preciso que as amostras coletadas localmente passem por uma "análise minuciosa nos três laboratórios de Referência Nacional para a Covid-19".

Até agora, apenas o caso de uma profissional de saúde de 37 anos, moradora de Natal (RN), passou por essa etapa e teve resultado confirmado, o que foi divulgado em 10 de dezembro.

"Ela teve a doença em junho, se curou, e teve resultado positivo novamente em outubro — 116 dias depois do primeiro diagnóstico. As análises realizadas permitem confirmar a reinfecção pelo vírus SARS-CoV-2, após sequenciamento do genoma completo viral que identificou duas linhagens distintas", escreveu o ministério em nota enviada por e-mail nesta quinta-feira (17/12).

Ainda de acordo com a pasta, há 58 casos suspeitos de reinfecção em análise no país — mas não foi esclarecido se o caso relatado em São Paulo está incluído neste número ou não.

O caso paulista

A Secretaria de Estado de Saúde paulista divulgou que o Instituto Adolfo Lutz confirmou a reinfecção de uma mulher de 41 anos, moradora da cidade de Fernandópolis, após o sequenciamento genético de duas amostras — com 145 dias de intervalo.

Ela adoeceu em junho, tendo a infecção pelo coronavírus confirmada por exames, e depois um novo diagnóstico de covid-19 em novembro. Suas amostras foram submetidas ao sequenciamento do genoma, revelando duas linhagens distintas do vírus.

De acordo com o governo de São Paulo, o caso atendeu todos os critérios definidos por uma nota técnica do Ministério da Saúde sobre a reinfecção — segundo a qual é considerado um caso suspeito aquele que inclua dois resultados positivos no teste molecular RT-PCR com intervalo igual ou superior a 90 dias entre as duas infecções, independente dos sintomas e da condição de saúde do paciente nestes dois episódios.

A confirmação a nível nacional, entretanto, só vem após a ratificação de um laboratório de referência definido pelo ministério.

No caso da moradora de Natal, que também trabalha na Paraíba, a confirmação segundo critérios do ministério veio após análise do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que também sequenciou o genoma do vírus e detectou duas diferentes linhagens.

Ela foi diagnosticada com uma infecção primeiro em 23 de junho, e depois em 13 de outubro.

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