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Brasil tem greve e protestos em 25 Estados contra reformas

28 abr 2017 - 11h32
(atualizado às 11h47)
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Protesto no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ), na manhã desta sexta-feira (28). O ato faz parte do movimento nacional intitulado “Greve Geral" contra a reforma da Previdência e reforma trabalhista.
Protesto no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ), na manhã desta sexta-feira (28). O ato faz parte do movimento nacional intitulado “Greve Geral" contra a reforma da Previdência e reforma trabalhista.
Foto: Alessandro Buzas/Futura Press

Diversas cidades em todo o País amanheceram com vias bloqueadas nesta sexta-feira (28), devido à greve geral contra as reformas trabalhista e da Previdência, ainda em tramitação, e a Lei da Terceirização.

A greve, que pretende ser a maior em mais de 20 anos, foi convocada após a Câmara dos Deputados aprovar a reforma trabalhista na quarta-feira. Convocada por centrais sindicais e movimentos sociais, a paralisação foi acordada nos últimos dias em vários Estados por meio de assembleias. Com adesão em 25 Estados e no Distrito Federal, a greve e as manifestações afetaram, sobretudo, os serviços de transporte coletivo, aeroportos e escolas.

Brasília

Rodoviários, metroviários, bancários, professores da rede pública e privada, servidores administrativos do governo do DF e do Departamento de Trânsito (Detran), além de técnicos e professores da Universidade de Brasília (UnB) prometeram parar suas atividades por 24 horas, informa a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Também devem aderir vigilantes, trabalhadores do setor de hotéis, bares e restaurantes, servidores da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), da Companhia Energética de Brasília (CEB) e do Ministério Público da União, além dos trabalhadores do ramo financeiro, como os de transporte de valores.

São Paulo

Protesto no saguão do Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo (SP), na manhã desta sexta-feira (28). A manifestação não afeta o embarque e desembarque de passageiros. O ato faz parte do movimento nacional intitulado “Greve Geral" contra a reforma da Previdência e reforma trabalhista.
Protesto no saguão do Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo (SP), na manhã desta sexta-feira (28). A manifestação não afeta o embarque e desembarque de passageiros. O ato faz parte do movimento nacional intitulado “Greve Geral" contra a reforma da Previdência e reforma trabalhista.
Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press

Pelo menos 15 categorias afirmaram que participarão da greve. Entre elas, estão professores da rede pública estadual, municipal e particular, bancários, servidores municipais, trabalhadores da Saúde e Previdência do estado e metalúrgicos do ABC.

Metroviários (com exceção da Linha Amarela), ferroviários (Linhas 7, 10, 11 e 12 da CPTM não funcionarão) e rodoviários também cruzaram os braços por um dia, Já os funcionários dos Correios decretaram greve nacional por tempo indeterminado.

Rio de Janeiro

A greve geral tem a adesão de funcionários do metrô, motoristas e cobradores de ônibus, policiais civis, militares, federais; servidores da Justiça Federal e da Trabalhista; radialistas; petroleiros; carteiros e aeroviários.

A Secretaria Estadual de Transportes, contudo, informou que os sistemas de metrô, trens, barcas e ônibus intermunicipais funcionarão normalmente, ainda que com planos de contingência.

Professores das escolas públicas e particulares também prometeram aderir, mas as secretarias estadual e municipal de Educação avisaram que as escolas abrirão normalmente e que os profissionais que faltarem terão o ponto cortado.

Belo Horizonte

Rodoviários, metroviários, professores das redes pública e privada, servidores públicos, profissionais da saúde, trabalhadores dos Correios, eletricitários, bancários, psicólogos, economistas, jornalistas, radialistas, petroleiros e aeroportuários, entre outros, prometeram aderir à greve.

No caso dos professores das escolas municipais, foi aprovada uma greve de dois dias, que teve início já na véspera. Professores e servidores da Universidade Federal de Minas Gerais também decidiram parar. Algumas unidades do setor de saúde devem funcionar com escala reduzida, a exemplo do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e dos hospitais Júlia Kubistchek e Odete Valadares.

O TRT-MG declarou feriado no órgão, suspendendo as audiências e os prazos que venceriam na data.

A BH Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de Confins, afirmou que os serviços serão oferecidos normalmente, mas pede que os passageiros se informem diretamente com as companhias aéreas sobre a situação de seus voos.

Salvador

Rodoviários, bancários, professores das redes estadual e municipal, petroleiros, além de servidores municipais, da Justiça e do Ministério Público Estadual afirmaram que irão parar as atividades. Os médicos estaduais também informaram que vão suspender os atendimentos eletivos (como consultas), mas que os serviços de urgência e de emergência serão mantidos.

No Aeroporto Internacional de Salvador, aeronautas anunciaram adesão ao movimento, e voos poderão ser cancelados ou remarcados. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas orienta os passageiros com viagem marcada para que entrem em contato com a empresa aérea e se informem sobre possíveis cancelamentos e remarcações.

Recife

Policiais civis, federais, rodoviários federais, agentes penitenciários e guardas municipais do Recife devem aderir à greve geral. Também prometeram parar servidores da Assembleia Legislativa e do Ministério Público de Pernambuco, professores e servidores das redes estadual, municipal e privada de educação e auditores fiscais da Secretaria da Fazenda do estado. Houve adesão ainda de metalúrgicos, petroleiros, químicos, indústria naval, construção pesada, bancários e comerciários.

Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT) determinou que os serviços de ônibus e metrô funcionem com 50% da frota nos horários de pico e 30% nos demais períodos e estabeleceu uma multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento. O Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, porém, informou que a paralisação está mantida.

Porto Alegre

Rodoviários, metroviários, aerovíários e bancários prometeram aderir à greve. Professores das redes municipal, estadual, tanto do setor público quanto privado, também aprovaram a adesão.

Curitiba

Motoristas e cobradores de ônibus, professores e servidores das escolas municipais e estaduais, servidores estaduais da saúde, aeroviários e trabalhadores da limpeza urbana decidiram paralisar nesta sexta-feira.

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