Brigadeirão envenenado: Medicamento usado por suspeita de matar empresário foi comprado com receita
Funcionário de farmácia prestou depoimento à Polícia Civil e afirmou que Júlia Carthemol tinha uma receita médica
Um funcionário de uma farmácia prestou depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 3, e afirmou que Júlia Carthemol teria comprado com receita médica o medicamento usado para envenenar um brigadeirão, dado a Luiz Marcelo Ormond. A suspeita é que ela – que continua foragida – tenha planejado matar o namorado para se apropriar dos bens dele.
O remédio usado por Júlia foi o Dimorf, uma medicação à base de morfina. A compra foi feita no dia 6 de maio, e teria sido usada na receita do brigadeirão, causando a morte do empresário
Segundo o jornal RJ1, da TV Globo, o funcionário da farmácia disse que Júlia saiu de um carro alto, prata, pelo banco do carona. Depois, ela entrou no estabelecimento e fez a compra do remédio. Os representantes da farmácia apresentaram à polícia um documento interno que comprova a compra de R$ 158 pelo medicamento. Eles prometeram levar a receita à delegacia em uma próxima oportunidade.
A polícia suspeita que Luiz tenha morrido na sexta-feira, 17 de maio, e o corpo foi encontrado três dias depois. Ele foi achado dentro do apartamento, em estado de decomposição avançado, após vizinhos se incomodarem com o cheiro e acionarem o Corpo de Bombeiros.
Um homem que disse ser o atual namorado de Júlia compareceu à delegacia, mas não falou com a imprensa.
A Polícia Civil pediu medidas cautelares para detectar as movimentações financeiras de Júlia. Ela teria se apropriado de bens e dinheiro de Luiz. Até a manhã desta segunda-feira, 3, ainda não havia pistas do paradeiro da mulher.
Alguns bens de Luiz Marcelo foram recuperados, mas as armas legalizadas dele, levadas por Júlia no carro da vítima, ainda não foram localizadas.
Participação no crime
A polícia prendeu Suyany Breschak por suspeita de participação no crime. A mulher se apresenta como cigana e teria ajudado Júlia a planejar o crime. Júlia teria uma dívida de R$ 600 mil com a cigana, por contratar seus trabalhos, e usaria os bens de Luiz Marcelo para pagá-la.
Suyany teria sido a destinatária de todos os bens que foram levados do apartamento do empresário por Júlia, como o carro, notebooks e armas legalizadas. Em depoimento, Suyany confessou que Júlia tinha uma dívida com ela.
A suspeita contratou os serviços da cigana para fazer amarrações e impedir que namorados e familiares soubessem que Júlia era garota de programa. Ela também teria feito “limpezas espirituais” a pedido da foragida.