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Bruno e Dom: quarto suspeito de participar do assassinato se entrega em SP

Gabriel Pereira Dantas disse que estava com Amarildo, primeiro suspeito preso, e que escondeu pertences do indigenista e do jornalista

23 jun 2022 - 13h50
(atualizado às 14h16)
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Manifestantes e familiares de Dom Phillips participam de protesto na frente da embaixada brasileira em Londres, cobrando empenho nas buscas pelo jornalista e o indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde domingo, 5.
Manifestantes e familiares de Dom Phillips participam de protesto na frente da embaixada brasileira em Londres, cobrando empenho nas buscas pelo jornalista e o indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde domingo, 5.
Foto: Reuters

Um homem que diz ter envolvimento no assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips se apresentou nesta quinta-feira, 23, à Polícia de São Paulo. Gabriel Pereira Dantas prestou depoimento e foi detido no 77º Distrito Policial, na região central da capital paulista. O relato dele ainda não foi confirmado pela Polícia Federal, nem pela força tarefa no Amazonas, responsáveis pela investigação do caso.

Ainda não se sabe se o homem é um dos cinco suspeitos identificados pela Polícia Federal. Os três presos na região do crime são Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", seu irmão Oseney da Costa de Oliveira e Jeferson da Silva Lima.

Em depoimento à Polícia Civil, Gabriel afirmou que, no dia do assassinato, estava bebendo com "Pelado". Ele disse que estava na mesma embarcação do outro suspeito quando avistaram Bruno e Dom passarem de lancha pelo rio. Logo, teriam partido atrás do indigenista e do jornalista, contou.

Segundo Gabriel, "Pelado" puxou uma espingarda calibre 16 e apontou para Bruno e Dom, tendo primeiro atirado no jornalista e depois no indigenista, a uma distância de cerca de três metros. O local do crime teria sido o Rio Madeira, próximo à comunidade Santa Isabel. Ele ainda disse que conhecia "Pelado" havia apenas uma semana.

Gabriel afirmou à polícia que ficou responsável por esconder os pertences dos mortos na floresta, enquanto "Pelado" teria saído para buscar ajuda de moradores ribeirinhos e "dar destino aos corpos". Depois dos crimes, o novo preso disse ter fugido para Santarém (PA), depois Manaus (AM), Rondonópolis (MT) e por fim para a capital paulista, onde relatou que estava morando nas ruas.

Segundo informações da Polícia Civil, o suspeito afirmou que "não aguentava mais a situação" e que carregava "um sentimento de peso e culpa nas costas" por ter filhos pequenos. Uma entrevista coletiva em São Paulo deve esclarecer mais detalhes sobre o novo depoimento e a prisão.

    Estadão
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