Buscas por vítimas seguem suspensas em ponte que caiu no Maranhão por risco de contaminação
As buscas pelas vítimas da queda da ponte entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) ainda estão suspensas enquanto é esperado resultado da análise de contaminação da água e o risco para os mergulhadores, informou nesta segunda-feira o Corpo de Bombeiros do Maranhão.
As Defesas Civis do Maranhão e do Tocantins alertaram a população da região para que não consuma a água do rio nem mesmo para banhos, até que seja confirmada ou não a contaminação.
As informações confirmadas até agora são de que quatro caminhões teriam caído no rio quando a ponte cedeu. Um deles teria uma carga de ácido sulfúrico e outro, de defensivos agrícolas, de acordo com o ministro dos Transportes, Renan Filho.
Até agora uma morte foi confirmada, mas 14 pessoas estão desaparecidas. Uma mulher foi retirada com vida do rio.
Em visita à região, Renan Filho afirmou que o governo federal decretou emergência para as obras de reparação da ponte, construída em 1960, para que a contratação do serviço seja feita ainda em 2024.
"Também abrimos um sindicância para que avaliar as causas e as responsabilidades sobre essa queda", disse o ministro.
O cálculo do ministério é que a obra de reparação deverá custar entre 100 milhões e 150 milhões de reais, e o ministro afirma que a pasta tem os recursos emergenciais para a obra.
Informações da Polícia Rodoviária Federal do Maranhão apontam que o desabamento ocorreu por volta das 14h50 da tarde de domingo e atingiu dois lugares, isolando a ligação com o Estado do Tocantins.
Construída em concreto armado, a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, conhecida como "Ponte JK", foi inaugurada em 1960, conforme o governo do Tocantins. Ela tinha 533 metros de extensão e fica localizada na rodovia BR-226, que liga Belém a Brasília.