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Caminhoneiros interditam 99 rodovias em todo o País

Categoria protesta contra a alta do preço dos combustíveis com bloqueios

25 fev 2015 - 12h01
(atualizado às 13h07)
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<p>Caminhoneiros paralisam rodovias</p>
Caminhoneiros paralisam rodovias
Foto:

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou na manhã desta quarta-feira que caminhoneiros interditavam 99 rodovias em todo o País até às 11h. A categoria protesta contra a alta do preço dos combustíveis e baixo preço dos fretes.

Os bloqueios ocorrem em rodovias do Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Ceará e Esírito Santo.

Ontem, a PRF alertou que os caminhoneiros têm mudado constantemente os pontos de manifestação, o que pode acabar por surpreender muitos motoristas que estejam circulando pelas rodovias.

Minas Gerais

De acordo com a polícia, em Minas Gerais apenas uma rodovia está paralisada, a MG 365, na região de Uberlândia.

Paraná

Já no Paraná, a situação é mais complicada, com 19 interdições. Estão bloqueadas as rodovias BR 277 nos km 338, 452, 238, 720 e 667, BR 369 no km 178, BR 376 nos km 245, 298, 158, 489 e 187, BR 373 no km 478, BR 369 no km 83, BR 158 no km 204, BR 272 no km 364, BR 369 nos km 397 e 158, e BR 467 no km 76.

Santa Catarina

Em Santaca Catarina, estão bloqueadas as rodovias BR 282 nos km 645, 605, 571, 335, 340, 433, 581 e 380, BR 158 no km 109, BR 163 nos km 101, 88, 83, 123 e 111, BR 153 nos km 64 e 97, BR 470 no km 174, BR 116 nos km 54 e 224, e BR 101 no km 438.

Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul é o Estado com maior número de interdições, 36 no total. Estão bloqueadas as rodovias BR 101 no km 22, BR 116 nos km 40, 171, 389, 397, 401 e 454, BR 153 no km 53, BR 158 no km 265, BR 285 nos km 337, 458, 462 e 670, BR 290 no km 719, BR 293 no km 125, BR 386 nos km 36, 50, 134, 245, 269 e 385, BR 392 nos km 62, 66, 76, 297 e 658, BR 468 nos km 0 e 61, BR 470 no km 11, e BR 472 nos km 115, 155, 167, 398, 481, 572 e 580.

Confusão em Santa Catarina

Na noite desta terça, houve confronto na cidade de Xanxerê, em Santa Catarina. A confusão ocorreu depois que a PRF tento desbloquear uma barreira na rodovia SC 480. Caminhoneiros e agricultores não aceitaram a ação policial e houve muito tumulto. Bombas de efeito moral precisaram ser lançadas para dispersar os manifestantes.

Apesar dos bloqueios, neste momento é permitida a passagem de carros de passeio, ambulâncias, ônibus e de caminhões com cargas perecíveis. Mesmo assim, a situação já compromete o abastecimento de municípios importantes, como Chapecó e Concórdia, onde não há mais combustível nos postos de gasolina.

Nesta terça, pelo menos cinco frigoríficos do oeste paralisaram as atividades, de acordo com dados da Federação de Agricultura do Estado de Santa Catarina. A entidade afirma que a falta de ração e insumos pode ocasionar o fechamento de outras unidades, além de perdas “irreparáveis” para o setor da agroindústria.

O presidente da FAESC, José Zeferino Pedroso, emitiu um apelo para que os manifestantes repensem a paralisação. “As pequenas famílias rurais estão sendo profundamente prejudicadas e muitas terão prejuízos irrecuperáveis”, afirmou em nota, acrescentando que apenas no oeste catarinense circulam todos os dias seis milhões de litros de leite, 20 mil suínos e 3 milhões de frangos.

Reajuste

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou na terça-feira (24) no Diário Oficial da União nova tabela com os preços de combustíveis a serem usados como o preço médio de combustíveis em 15 Estados e no Distrito Federal, a partir de 1º de março.

Nesta quarta-feira, o governo instala uma mesa de negociações e diálogos com representantes dos caminhoneiros e das transportadoras. O objetivo é tentar resolver os problemas decorrentes das manifestações que já bloqueiam rodovias de nove estados brasileiros. A redução do preço do óleo diesel, no entanto, não está em pauta, conforme informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto.

De acordo com o ministro, o governo está “atento, acompanhando as manifestações dos caminhoneiros e mantendo diálogo permanente com as lideranças deles e dos empresários”.

Fonte: Terra
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