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Cantareira registra primeira queda em quase três meses

28 abr 2015 - 14h36
(atualizado em 29/4/2015 às 08h14)
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São Paulo enfrenta a maior crise hídrica de sua história
São Paulo enfrenta a maior crise hídrica de sua história
Foto: Pedro França / Agência Senado/Fotos Públicas

Depois de quase três meses com o nível em alta ou estável, o armazenamento de água do Sistema Cantareira apresentou a primeira baixa nesta terça-feira ao passar de 20,1% para 20%. A última queda ocorreu há 86 dias, quando o volume reduziu de 5,1% para 5%.

Ao contrário dos dois últimos meses, o volume de chuva sobre as cabeceiras desse manancial está abaixo da média histórica, acumulando desde o começo do mês de abril apenas 45,1 milímetros (mm), o que é, praticamente, a metade do esperado para todo o mês (89,8 mm). Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

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Há, exatamente, um ano, o Cantareira estava a caminho da maior crise hídrica já enfrentada no abastecimento da região metropolitana de São Paulo, mas tinha uma condição melhor do que o atual quadro porque não utilizava a reserva técnica (água que fica abaixo das comportas e que, portanto, é retirada por meio de bombeamento). Esse uso começou em 16 de maio de 2014 e para atingir situação semelhante à daquele dia, seria necessário que o nível subisse 9,2 pontos percentuais.

Para evitar um colapso no fornecimento de água, a Sabesp adotou em meio às medidas de contingenciamento a redução do universo atendido, que passou de cerca de 9 milhões nessa mesma época do ano passado para os atuais 5,4 milhões.

Pela nova medição da companhia - uma exigência judicial - em que se leva em consideração as retiradas da reserva técnica, o nível do Cantareira está com um déficit de 9,2%, operando com 15,5% em relação ao volume total.

Em quatro dos cinco mananciais restantes administrados pela Sabesp também houve recuo de ontem para hoje. Entre eles, o que tem a situação mais confortável é o Sistema Rio Claro, que ontem operava com 102% de sua capacidade e baixou para 101,6%. No Alto Tietê, o índice caiu de 36,4% para 36,3%; no Guarapiranga de 78,3% para 78,2%; no Alto Cotia de 51,4% para 51,3% e no Rio Grande, a taxa ficou estável em 96%.

Cantareira só deixará volume morto com 100 dias de chuva:
Agência Brasil Agência Brasil
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