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Carlos pede desculpas por publicação no Twitter do pai, Jair

"Eu escrevi o tuíte sobre segunda instância sem autorização do presidente", explicou o vereador

17 out 2019 - 15h25
(atualizado às 15h46)
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Carlos Bolsonaro, no Palácio do Planalto 16,/1/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Carlos Bolsonaro, no Palácio do Planalto 16,/1/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, pediu desculpas nesta quinta-feira por ter publicado na conta oficial de Twitter do pai, sem autorização, uma defesa da prisão após condenação em segunda instância e da Proposta de Emenda à Constituição sobre o tema que tramita na Câmara dos Deputados.

"Eu escrevi o tuíte sobre segunda instância sem autorização do presidente. Me desculpem todos! A intenção jamais foi atacar ninguém! Apenas expor o que acontece na Casa Legislativa!", escreveu Carlos, que controla as redes sociais do pai, em sua própria conta na rede social.

O texto publicado mais cedo na conta do presidente, que depois foi apagado, dizia: "Aos que questionam, sempre deixamos clara nossa posição favorável em relação à prisão em segunda instância". Citava ainda o apoio à PEC que está no Congresso, relatada pela deputada Caroline de Toni (PSL-SC), a favor dessa posição.

A publicação foi feita no dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou julgamento que pode rever o entendimento atualmente em aplicação que autoriza a prisão de condenados em segunda instância, o que pode beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros condenados no âmbito da operação Lava Jato.

Ao ser criticado por um seguidor por ter "exposto o presidente ao ridículo", Carlos disse que por isso estava assumindo a culpa.

O relatório da PEC sobre a prisão após condenação em segunda instância foi lido na quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), depois de dois dias de sessões tumultuadas, com deputados da oposição e de parte do chamado centrão contrários à medida.

O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), decidiu fazer uma sessão extra na última terça-feira para tentar acelerar a tramitação da proposta e prometeu tentar votá-la na comissão até a semana que vem.

A ação foi uma tentativa de resposta à possibilidade de o STF rever a decisão de 2016 que determinou a prisão a partir da condenação em 2ª instância. A tendência do STF nesse momento é rever esse entendimento.

Na quarta-feira, Bolsonaro recebeu no Planalto três ministros do STF: o presidente da corte, Dias Toffoli, acompanhado do ministro Alexandre de Moraes, e, em uma outra audiência, o ministro Gilmar Mendes.

Os encontros inicialmente não estavam na agenda oficial. Perguntado sobre a pauta, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou na quarta-feira que Bolsonaro avisara que não comentaria os temas tratados com os ministros.

Veja também:

Ministro Luís Roberto Barroso vê "impacto negativo grave" se Supremo derrubar prisão após 2ª instância:

 

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