Casa alugada por homem que morreu em frente ao STF tinha recado com batom em espelho e gaveta gerou ‘explosão gravíssima’
Imóvel em Ceilândia foi alugado pelo autor de explosões, e polícia encontrou mais explosivos no local
A Polícia Militar encontrou e desarmou explosivos em uma casa em Ceilândia (DF), alugada pelo homem que morreu após detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, na noite de quarta-feira, 13. No imóvel, a polícia também encontrou um recado escrito com batom em um espelho.
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Um vídeo feito por policiais mostra que também houve uma explosão no imóvel, que teve móveis como mesa e armários quebrados pelo impacto. Um fogão, pia e o forro do teto também foram destruídos. No chão, uma maleta com uma espécie de explosivo foi encontrada pelas autoridades.
De acordo com o porta-voz da PMDF, Raphael Van Der Broocke, foram encontrados artefatos explosivos na casa na manhã desta quinta-feira, 14. Eles são do mesmo tipo dos usados em frente ao STF, ainda de acordo com o militar.
Uma gaveta no imóvel teria causado uma “explosão gravíssima”, segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. A gaveta foi aberta por meio de um robô antibombas da corporação, e ninguém se feriu.
No banheiro, um espelho foi marcado com um recado escrito com batom pelo homem. A mensagem tem o nome de Débora Rodrigues, que em 8 de janeiro de 2023 pichou a estátua da Justiça durante os ataques antidemocráticos. "Por favor, não desperdice batom! Isso é para deixar as mulheres bonitas. Estátua de merda se usa TNT", é possível ler.
Explosões em Brasília
As explosões registradas na Praça dos Três Poderes, em Brasília são investigadas como possível ameaça ao Estado Democrático de Direito e ato terrorista, segundo afirmou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 14, Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal.
O suspeito pelas explosões foi identificado como Francisco Wanderley Luiz e seria o proprietário do veículo que explodiu no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Ao detalhar o andamento da investigação, Rodrigues destacou a seriedade do incidente e expressou preocupação com a atividade de grupos extremistas.
O homem que morreu após três explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, esteve no Supremo Tribunal Federal (STF) antes de cometer o ataque, conforme mostram posts nas redes sociais dele.