Caso Vitória: polícia fará reconstituição do assassinato da adolescente
Corpo da vítima, de 17 anos, foi encontrado em uma área de mata em Cajamar (SP)
A Polícia Civil decidiu que fará a reconstituição da morte da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, cujo corpo foi encontrado em uma área de mata no dia 5 de março em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo.
Ao Terra, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou nesta terça-feira, 25, que fez a solicitação da reconstituição do crime ao Instituo Médico Legal (IML) "para esclarecer todas as circunstâncias em que ele ocorreu".
"As investigações prosseguem pela Delegacia de Cajamar para a conclusão do inquérito policial", diz a nota.
O principal suspeito de matar a adolescente, Maicol Sales dos Santos, de 23 anos, continua preso temporariamente. Ele confessou ter sido o autor do homicídio.
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A defesa, no entanto, afirmou que não foi informada sobre a confissão do crime, conforme noticiou a Polícia Civil na última terça-feira, 18. Arthur Perin Novaes, representante de Maicol, disse ao jornal O Globo que a "suposta confissão teria ocorrido sem a presença dos advogados constituídos e em plena madrugada, o que é vedado pela lei" e que Maicol confessou o crime a uma advogada chamada por policiais.
A SSP-SP negou ter cometido irregularidades na condução da confissão e ressaltou, em nota, que "todos os procedimentos adotados no caso, inclusive o depoimento do suspeito, obedeceram estritamente o Código de Processo Penal".
"O único autor desse crime que vitimou a Vitória foi o Maicol e com as provas coletadas no inquérito policial pela equipe do doutor Fábio [titular da Delegacia de Cajamar], não restam dúvidas que ele praticou esse crime sozinho", afirmou o delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia da Macro São Paulo (Demacro), no último dia 18.
De acordo com Carmo, foram obtidos testemunhos que confirmam a presença do detido no local do crime. "A testemunha foi clara e objetiva ao afirmar que o veículo era dele. Entretanto, a pessoa que estava dentro do veículo usava um capuz. Esse capuz foi comprado por ele, e a polícia confirmou a compra através do Mercado Livre".
Vitória desapareceu em 26 de fevereiro, após sair do trabalho. Seu corpo foi encontrado seis dias depois, em uma área de mata. O Instituto Médico-Legal (IML) apontou que ela morreu por hemorragia, com três perfurações --no rosto, no pescoço e no tórax--, causadas por um objeto cortante. Não havia sinais de tortura ou violência sexual.