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Celso de Mello dá 24 horas para PGR se manifestar sobre vídeo de reunião ministerial citada por Moro

8 mai 2020 - 17h51
(atualizado às 17h57)
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O ministro Celso de Mello, do STF, deu 24 horas de prazo para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifeste sobre os três pedidos de reconsideração das três manifestações apresentadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) a respeito do acesso ao vídeo de uma reunião ministerial na qual, de acordo com o ex-ministro Sergio Moro, o presidente Jair Bolsonaro teria cobrado a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello. 01/02/2017. REUTERS/Adriano Machado.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello. 01/02/2017. REUTERS/Adriano Machado.
Foto: Reuters

"Encaminhem-se, com urgência, ao eminente senhor procurador-geral da República, cópias deste despacho... em ordem a viabilizar ao chefe do Ministério Público da União --na condição de 'dominus litis' e de autor do pleito de requisição de cópia da mídia contendo registros audiovisuais da reunião ministerial realizada no dia 22/04/2020-- a possibilidade de pronunciar-se, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre as pretensões e objeções nelas deduzidas", disse Celso de Mello, no despacho.

Segundo depoimento prestado por Moro no âmbito de investigação sobre as acusações que fez contra Bolsonaro, o presidente teria dito na reunião que iria interferir em todos os ministérios e, quanto à pasta da Justiça e Segurança Pública, se não pudesse trocar o superintendente da PF no Rio, trocaria o diretor-geral da corporação e o próprio ministro da Justiça. Esse episódio ocorreu dois dias antes de Moro pedir demissão do cargo.

Na terceira manifestação sobre esse ponto específico, a AGU pede que o ministro do STF apresente toda a conduta que será adotada com o vídeo e até quem será a autoridade da PF que fará a separação na gravação dos elementos referentes ao inquérito na reunião de outros assuntos abordados no encontro.

O prazo se encerraria nesta sexta-feira, mas Celso de Mello pediu para o procurador-geral avaliar as manifestações apresentadas pela AGU e pela defesa de Moro.

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