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CFM diz que vai prestar esclarecimentos à PGR sobre Mais Médicos

25 set 2013 - 20h55
(atualizado às 20h58)
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O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou nesta quarta-feira que vai prestar todos esclarecimentos que forem pedidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Em nota à imprensa, o CFM rebateu a Advocacia-Geral da União (AGU), que considerou política e corporativista a reação dos conselhos regionais de Medicina ao Programa Mais Médicos.

A AGU pediu nesta quarta-feira que a Procuradoria da República investigue os conselhos regionais de Medicina (CRMs) e os diretores das entidades por não cumprirem as normas do Programa Mais Médicos. Segundo a AGU, a conduta dos conselhos que se recusam a autorizar o registro provisórios de médicos é uma "reação política e corporativista" contra o programa.

Em nota, o CFM explica que faz uma análise criteriosa sobre a emissão de registros provisórios de médicos para assegurar o cumprimento das normas da Medida Provisória (MP) 621/2013, que definiu as regras do Programa Mais Médicos. "Os conselhos de Medicina, como agentes do Estado, fazem apenas seu trabalho para que irregularidades e equívocos processuais sejam evitados. Tudo com o objetivo de oferecer maior segurança para a sociedade", afirma o conselho.

Sobre o prazo de 15 dias para que o governo envie aos conselhos o endereço de trabalho e os nomes dos tutores e supervisores de cada um dos profissionais inscritos no Mais Médicos, o CFM ressalta que a medida foi tomada a partir de entendimento da AGU. "A própria Advocacia-Geral da União expressou, diante da Justiça do Rio Grande do Sul, entendimento de que as informações solicitadas pelas entidades médicas são pertinentes. No caso, foi reconhecida a pertinência dos pedidos de informação de local de residência, trabalho e de nomes de tutores e preceptores", justifica o conselho.

O CFM alega que os atrasos na emissão dos registros devem-se ao Ministério da Saúde e a informações incompletas ou incorretas fornecidas pelos médicos, como diplomas não legalizados e fichas de inscrição com erros de preenchimento. "A emissão dos registros atrasou em função de dois fatores: a demora do Ministério da Saúde em proceder a entrega dos dossiês para análise, sendo que a grande maioria ainda se encontra nos prazos legais para emissão. O segundo é que muitos dos dossiês que são entregues apresentam inconsistências que ferem as próprias exigências da MP 621", diz o CFM.

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
 

 

 

Agência Brasil Agência Brasil
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