‘A gente não dorme’, diz mãe de recém-nascida que foi sequestrada por médica em hospital de MG
Criança foi levada do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia
Os pais de Isabela, recém-nascida que foi sequestrada por uma médica dentro do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, relembraram os momentos de terror que passaram na última terça-feira, 23. Cláudia Soares Alves, acusada do crime, foi presa em flagrante.
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Em entrevista ao Fantástico da TV Globo deste domingo, 28, Natália da Silva Alves, mãe da criança, afirmou estar grata por estar com a filha de volta aos braços, porém, a revolta ainda é grande.
“A gente está muito transtornado. A gente não dorme. Meu esposo passou a noite inteira com ela no colo”, afirmou.
No dia em que o crime aconteceu, Cláudia se identificou na portaria com nome e CPF falsos, afirmando ser enfermeira e que iria cobrir a falta de uma funcionária. Dentro da unidade, mentiu novamente dizendo que era pediatra, mas, na verdade, é neurologista.
Ela seguiu para a maternidade e lá entrou no quarto onde a família estava. Segundo o pai de Isabela, Edison Ferreira Leandro Júnior, Cláudia entrou perguntando se precisavam de algo.
“Minha menininha já estava com fome e ela não estava pegando o peito ainda. E aí eu aproveitei e falei: ‘não, se você puder trazer aquela fórmula, aquele leite lá no copinho.’ Foi a brecha que ela precisava!”, disse.
As câmeras de segurança da unidade registraram todo o trajeto da médica. Ela foi flagrada saindo do hospital com uma mochila amarela, onde a recém-nascida estava escondida. A criança foi encontrada 12 horas depois, na casa da médica, em Goiás.
Para a polícia, o crime foi premeditado e ela agiu sozinha. Ao programa, o advogado de Cláudia disse que “irá demonstrar na justiça que a acusada é portadora de transtorno afetivo bipolar e que no momento dos fatos, se encontrava em crise psicótica, não tendo capacidade de discernir a natureza ilícita de suas atitudes".