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Abraji registra 38 casos de violência a jornalistas na Copa

15 jul 2014 - 21h18
(atualizado às 21h18)
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<p>Na foto, o fotógrafo do Terra, Mauro Pimentel, é atingido por cacetete de um PM durante o protesto contra a realização da Copa</p>
Na foto, o fotógrafo do Terra, Mauro Pimentel, é atingido por cacetete de um PM durante o protesto contra a realização da Copa
Foto: Mauro Pimentel / Terra

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) contabilizou 38 casos de prisões, agressões e detenções envolvendo 36 profissionais da comunicação durante a cobertura de manifestações no período da Copa, de 12 de junho a 13 de julho de 2014. Segundo a entidade, a maioria das violações (89%) partiu da polícia, seguindo o padrão observado desde junho do ano passado. Dentre estas, 52% foram intencionais - ou seja, o comunicador se identificou como profissional a serviço ou portava identificação à vista. As demais agressões partiram de manifestantes e de seguranças privados da Fifa.

O protesto na tarde de domingo, durante a partida final da Copa, no Rio de Janeiro, concentrou o maior número de ocorrências: foram 14, todas de autoria da polícia. Entre os agredidos, está o fotógrafo do Terra Mauro Pimentel. Ele tentou passar uma barreira de PMs na praça Saens Pena para registrar um principio de confronto quando três policiais o acertarem com cacetetes no rosto e pernas. Um deles foi indentificado como Portilho. O fotógrafo foi jogado no chão e teve a máscara de gás e a lente quebradas.

Segundo a Abraji, “os casos evidenciam o uso desproporcional de força por parte da polícia durante manifestações e o desrespeito ao direito fundamental da liberdade de expressão”. “Agressões deliberadas contra comunicadores configuram atos diretos de censura e não podem ser tolerados. A Abraji insta as autoridades responsáveis a apurar e punir com rigor os autores desse tipo de violação, sejam agentes de segurança ou manifestantes”, disse a entidade em nota.

Fonte: Terra
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