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Ação da PM "caracterizou abuso", diz Prefeitura de Curitiba

Por meio do Facebook, prefeitura se mostrou contrária ao cerco armado pelos agentes em manifestação de professores estaduais

29 abr 2015 - 17h15
(atualizado às 17h29)
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O perfil do Facebook da Prefeitura de Curitiba, bastante popular entre os internautas por suas frequentes publicações irônicas e divertidas, deixou o humor de lado nesta quarta-feira. Durante a tarde, enquanto a Polícia Militar agia de maneira truculenta contra professores da rede estadual que se manifestavam na capital em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), a página se mostrou contrária à ação dos agentes

"Há várias pessoas feridas no protesto dos servidores estaduais no Centro Cívico. A Prefeitura de Curitiba está recebendo e cuidando dos feridos em sua sede. Mais cedo, a Prefeitura de Curitiba emitiu um comunicado considerando o bloqueio executado pela Polícia Militar abusivo e entrou em contato com a Casa Civil do Governo do Estado solicitando que a situação não se repetisse. Diante dos episódios dessa tarde, novas medidas devem ser tomadas. Por enquanto, trabalhamos para atender aos feridos e demonstrar que, sim, existe amor em Curitiba, mesmo em circunstâncias tão difíceis", postou, junto a foto desfocada de uma mão ensaguentada e o desenho de um coração. 

Foto desfocada de uma mão ensaguentada publicada pela página
Foto desfocada de uma mão ensaguentada publicada pela página
Foto: Facebook / Prefeitura de Curitiba / Reprodução

O comunicado a que a postagem se referiu havia sido publicado ainda pela manhã, quando a PM começou a preparar o cerco na praça. Horas depois, mais de 100 pessoas ficaram feridas em decorrência de bombas de gás lacrimogêneo, mordidas de cachorros e balas de borracha. 

"A Prefeitura de Curitiba lamenta os transtornos causados aos cidadãos que circulam pelo Centro Cívico, em decorrência dos bloqueios montados pela Polícia Militar. A Prefeitura considera que o bloqueio executado extrapola o necessário e caracterizou abuso. A administração municipal fez contato com a Casa Civil do governo do Estado pedindo providências para evitar o cerceamento do direito de ir e vir, e espera que a situação não se repita", escreveu.

Parece uma praça de guerra, afirma prefeito

Gustavo Fruet (PDT), prefeito da cidade, também se pronunciou por meio da página da Prefeitura no Facebook. De acordo com ele, o Centro Cívico ficou parecendo "uma praça de guerra". 

"Cerco no Centro Cívico! Equipes da saúde da Prefeitura atendendo feridos e a rede foi acionada para deslocamentos. Determinamos a evacuação do prédio da Prefeitura. Servidores liberados. Crianças estão sendo retiradas das escolas e CMEIs da região em razão do tumulto e efeito de gás lacrimogêneo. Guarda municipal convocada para ajudar no transporte dos feridos, já que as ambulâncias não conseguem chegar a região. Liberado todo espaço da Prefeitura para acolhimento. Parece uma praça de guerra!", declarou.

Fonte: Terra
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