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Advogada desaparecida teria forjado o próprio sequestro com ajuda do 'amante'; entenda

Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, está desaparecida desde o dia 29 de fevereiro de 2024; família pagou resgate de R$ 4,6 milhões

21 mai 2024 - 13h41
(atualizado às 13h47)
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Resumo
Investigações acerca do desaparecimento da advogada Anic Herdy, de 55 anos, revelaram um plano para forjar o sequestro com ajuda do amante, Lourival Correa. A vítima saiu de um shopping em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e a família pagou R$ 4,6 milhões para o suposto sequestrador
Anic de Almeida Peixoto Herdy está desaparecida desde o dia 29 de fevereiro de 2024
Anic de Almeida Peixoto Herdy está desaparecida desde o dia 29 de fevereiro de 2024
Foto: Reprodução/Facebook

As investigações acerca do desaparecimento da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, revelaram que teria participado do plano para forjar o próprio sequestro com ajuda do amante, o  sequestrador Lourival Correa Netto Fatiga, que já está preso. As informações são da rádio CBN.  

Segundo Polícia Civil do Rio de Janeiro, o suposto sequestro de Anic tinha o objetivo de extorquir Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, marido da vítima.

Anic está desaparecida desde 29 de fevereiro após sair a pé de um shopping em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. A família dela pagou R$ 4,6 milhões, exigidos em dólares, reais e bitcoins, no dia 11 de março de 2024.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirmou que há suspeitas que a vítima tenha sido assassinada e teve seu cadáver ocultado.

Investigações

A polícia descobriu que o celular usado por Anic antes de desaparecer tinha um chip com o nome de Lourival. Ela ainda teria usado este número de celular para falar com ele e encontrá-lo fora do shopping, local onde foi vista pela última vez. 

Já Lourival usava um chip no nome de Benjamin, marido da vítima. O número foi usado como sendo do 'suposto sequestrador' para enviar mensagens ao marido da vítima anunciando o sequestro. 

O sequestrador desligou o próprio telefone celular no dia do sequestro, entre 09h19 e 15h36, e usou o chip no nome da vítima. A investigação apontou que o telefone fez o mesmo caminho que o carro de Lourival até encontrar com Anic. A hipótese é que a vítima tenha deixado o shopping a bordo do veículo de Lourival. 

A polícia também analisou vídeo do estacionamento do shopping e identificou Anic colocando algo embaixo do banco do carro.  O objeto seria o celular da vítima, que posteriormente foi encontrado por Benjamin. 

Prisões

Quatro pessoas foram detidas, incluindo Lourival Correa Netto Fadiga, apontado pela Polícia Civil e pelo MPRJ como o mentor do sequestro. Amigo da família por três anos, Lourival apresentou-se falsamente como policial federal. Dois filhos de Lourival e uma ex-namorada dele também estão presos por suspeita de envolvimento no crime.

Um comerciante de Foz do Iguaçu, para onde Lourival e Benjamim viajaram juntos, afirmou que Anic e Lourival se apresentavam como namorados e que já os viu se beijando várias vezes. A investigação sugere que Anic, devido a esse relacionamento extraconjugal, pode ter inicialmente concordado com o plano criminoso de Lourival.

Suspeitos de envolvimento

Henrique Vieira Fadiga e Maria Luísa Fadiga, filhos de Lourival, são suspeitos de auxiliar o pai. Henrique teria recebido US$ 150 mil após a conversão de um depósito em reais.

A Polícia Civil também aponta que Maria Luísa teria permitido que o pai usasse seu nome para registrar uma picape comprada por R$ 500 mil em dinheiro, no mesmo dia do pagamento do resgate. Lourival também comprou uma motocicleta por aproximadamente R$ 30 mil.

Maria Luísa teria ainda a responsabilidade de receber 950 celulares comprados com o dinheiro de três depósitos de R$ 325 mil cada, feitos por Benjamim em contas de empresas importadoras, conforme as investigações. 

Rebeca Azevedo Santos, ex-namorada de Lourival, é suspeita de participar da negociação para a entrega dos celulares adquiridos com parte do dinheiro do resgate.

Pagamento aos suspeitos

A quantia para o resgate de Anic foi colocada em uma mochila, que deveria ser entregue por Benjamim e Lourival no dia 11 de março em um shopping na Zona Oeste do Rio. Durante o trajeto, Lourival alegou ter recebido uma mensagem instruindo-o a deixar o dinheiro em uma lixeira no Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, enquanto Benjamim aguardava no shopping.

A polícia descobriu que Lourival não foi a nenhuma comunidade, mas sim a uma concessionária, onde comprou a picape. Os quatro suspeitos estão sendo acusados de extorsão mediante sequestro.

Fonte: Redação Terra
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