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Alckmin anuncia comissão para apurar supostas fraudes em licitações

9 ago 2013 - 11h40
(atualizado às 11h49)
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O governador anunciou que membros da sociedade civil vão acompanhar as investigações
O governador anunciou que membros da sociedade civil vão acompanhar as investigações
Foto: Gabriela Biló / Futura Press

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou nesta sexta-feira a criação de uma comissão que vai investigar as recentes denúncias de formação de cartel entre empresas contratadas para assumir obras o Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Segundo Alckmin, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, a participação da Sociedade Civil servirá para que o caso ganhe transparência. “Nós queremos toda a verdade, somos os maiores interessas-nos nisso, porque é isso que o povo de São Paulo quer”, disse o governador.

Além do governador, o corregedor-geral da Administração Publica do Estado de São Paulo, Gustavo Ungaro, também falou sobre a participação de membros da sociedade civil nesta comissão que iniciará os trabalhos na próxima semana.  “Com o acompanhamento da sociedade civil garantimos a transparência desse processo (...). Se houve alguma lesão ao erário, se houve algum prejuízo aos cofres públicos, nós queremos que seja esclarecido”, disse Gustavo.

Sem responder as perguntas dos jornalistas, Alckmin completou o anúncio dizendo que “o governo vai até as últimas consequências para punir empresas que tenham lesado o patrimônio público”.

O escândalo em torno das obras do Metrô começou quando a multinacional Siemens denunciou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a existência de um cartel para compra de equipamento ferroviário, além de construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal.

Após fazer a denúncia, a Siemens assinou um acordo de leniência que pode lhe dar imunidade caso haja punição aos envolvidos. De acordo com o Cade, o cartel foi formado para a construção da linha 5 do metrô no ano de 2000, quando o governador do Estado era Mário Covas, morto em 2001. A prática continuou no governo de Geraldo Alckmin, de 2001 a 2006, e no primeiro ano da administração de José Serra. 

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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