Terra foi atrás para saber onde andam, como vivem, como sobrevivem os índios da ocupação tratada como praça de guerra pelo governo do Estado
Foto: Mauro Pimentel / Agif
Nos fundos de uma igreja católica dentro de um antigo hospital para leprosos, o Hospital Curupaiti, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, encontramos o que sobrou de vestígios da antiga aldeia Maracanã
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O último indígena que ainda vive em contato com a natureza na capital fluminense é Afonso Apurinã
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Ele tem 49 anos e lutou junto aos outros índios (e também não-índios) nas batalhas promovidas pelo governo Sérgio Cabral contra os índios da Aldeia Maracanã
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O espaço da chamada Aldeia Maracanã foi devolvido aos índios ainda no ano passado, depois de um acordo com a Secretaria de Cultura do Estado
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Afonso e os outros índios foram parar no Curupaiti pouco antes da Copa do Mundo, depois de um acordo entre os indígenas, o governo do Estado e o Ministério Público
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Contudo, Afonso acabou sozinho no local
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Há três meses cerca de 50 índios aceitaram a proposta do governo e foram viver como brancos: pagando condomínio, água, luz e taxa num projeto do governo Federal
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Infelizmente não estávamos bem instalados. Aqui estamos perto da natureza, mas os contêineres que nos deram eram muito apertados, fazia muito calor. Eles ofereceram para nós irmos para o Minha Casa Minha Vida, da Frei Caneca. Eu não podia ir porque já ganhei um apartamento da Caixa em outra ocasião. E aqui estou perto da natureza. Os macacos vêm aqui comer, gosto de plantar, lá não tem nada disso. Preferi ficar
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Afonso afirma que o projeto pouco tem a ver com a cultura indígena
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Sem natureza, os índios querem ao menos a Aldeia Maracanã reformada
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Mas, por enquanto, não há previsão de que o projeto saia do papel
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Apurinã diz que no Rio são várias etnias. Goitacás, tupinambás, tapuias, tupiniquins, maracanãs, jacutinga. Alguns tupinambás estão voltando, depois de se esconderem pelo Brasil. Os puris estão reaparecendo também
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Pelo censo do ano retrasado diziam 18 mil indígenas no Rio e outro dizia que eram 30 mil. Na época da ocupação Apurinã teve um filho com outra índia