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AP: Bolsonaro associa apagão a suposta falha de manutenção

Sem citar nomes, presidente questionou serviço de companhia que fornece energia para o Estado

7 nov 2020 - 21h20
(atualizado às 21h47)
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BRASÍLIA - Pressionado a restabelecer o fornecimento da energia no Amapá, que ficou mais de três dias sem luz, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sugeriu neste sábado, 7, que uma empresa particular pode ter sido responsável pelo apagão que atinge o Estado.

O presidente da república Jair Bolsonaro participa da cerimônia de formatura dos novos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
O presidente da república Jair Bolsonaro participa da cerimônia de formatura dos novos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
Foto: Eduardo Valente/iShoot / Futura Press

O presidente disse que "não queria culpar ninguém", mas, sem citar nomes, questionou o trabalho de manutenção realizado pela companhia. "Acho que falhou a manutenção da empresa particular que fornece a energia", afirmou, em live transmitida em suas redes sociais.

O apagão atingiu praticamente todo o Estado do Amapá na noite de terça-feira, 3, quando um incêndio danificou uma subestação na capital Macapá. Desde então, várias cidades têm relatado dificuldades no abastecimento regular de água e alimentos. A energia somente começou a ser restabelecida parcialmente neste sábado, 7. Haverá racionamento por pelo menos dez dias, até que haja uma solução permanente para o problema.

A subestação e a linha de transmissão que falharam são da Gemini Energy, que é gerida por fundos de investimento. A concessão, formalmente chamada de Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), pertencia à Isolux, que entrou em recuperação judicial na Espanha. No fim do ano passado, a linha foi comprada pela Gemini, que pertence a dois fundos de investimentos: a Starboard e a Perfin.

Segundo o presidente, o governo vai investigar a explosão do transformador, fato que ele classificou como "muito esquisito". Na live, Bolsonaro explicou que o Macapá contava com três transformadores. Depois que um deles explodiu, o segundo, que funcionava de forma muito "precária", não suportou a carga e também parou de funcionar.

Um terceiro equipamento, segundo o presidente, estava em manutenção desde dezembro do ano passado. "Eu não queria criticar, mas é uma manutenção bastante longa, dez meses. Alguma coisa esquisita está acontecendo. Já era para ter resolvido esse assunto, já. O Ministério de Minas e Energia está investigando essa questão. Quem sabe vai ter uma justificativa", disse o presidente. Procurada na noite deste sábado, 7, para comentar a declaração, a Gemini não se manifestou

A população do Macapá tem manifestado insatisfação com o governo por causa do prazo de dez dias para que o problema seja resolvido. Segundo Bolsonaro, no entanto, 65% da energia havia sido restabelecida até o início da noite deste sábado.

Após sofrer forte cobrança de políticos locais, o governo enviou geradores de energia para o Estado, priorizando inicialmente as regiões mais críticas e os hospitais. "A gente espera que tudo seja restabelecido no máximo em dez dias. Estamos sendo bem representados por Alcolumbre e Bento Albuquerque", declarou, referindo-se ao ministro de Minas e Energia e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-PA), que viajaram neste sábado a Macapá.

Estadão
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