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Após confusão, direção do PT descarta aliança com DEM e PSDB

Em nota divulgada na madrugada deste sábado, 8, a direção nacional do PT vetou composições com os dois partidos, considerados de "extrema direita"

8 fev 2020 - 12h08
(atualizado às 12h21)
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Gleisi Hoffmann e José Dirceu durante o primeiro dia de evento em comemoração aos 40 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), no Circo Voador, na Lapa, zona central do Rio de Janeiro
Gleisi Hoffmann e José Dirceu durante o primeiro dia de evento em comemoração aos 40 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), no Circo Voador, na Lapa, zona central do Rio de Janeiro
Foto: Dikran Junior / Futura Press

A direção nacional do PT divulgou uma nota na madrugada deste sábado, 8, na qual diz que DEM e PSDB, adversários históricos do partido, estão excluídos do possível arco de alianças para as eleições municipais deste ano.

"A Executiva, reunida no Rio ontem, definiu que a politica de alianças do partido para as eleições municipais exclui os partidos que sustentam a política ultraneoliberal do governo Bolsonaro (DEM e PSDB) e veta composições com os partidos de extrema-direita", diz a nota.

O texto contradiz informações passadas antes por dirigentes do PT e a assessoria do partido de que candidatos petistas a prefeito estariam autorizados a receber apoio do DEM e PSDB e poderiam apoiar nomes destes partidos em casos específicos desde que houvesse autorização das direções estaduais.

De acordo com a nota divulgada nesta madrugada, o PT vai priorizar alianças com os partidos de esquerda (PCdoB, PSOL, PDT, PSB, Rede, PCO e UP) mas pode fazer coligações com outras siglas desde que seus candidatos façam oposição ao governo Jair Bolsonaro e não pratiquem atos de hostilidade contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Russeff.

"Alianças com outros partidos podem ser feitas, onde o PT tenha candidatos a prefeito, desde que autorizadas pelo diretório estadual, mas não podem incluir os partidos ultraneoliberais e os de extrema-direita", diz a nota.

Ainda na manhã deste sábado, mesmo depois da divulgação da nota, havia divergências entre dirigentes ouvidos pelo Estado sobre o conteúdo da resolução política que define a política da alianças do partido. Alguns diziam que parcerias pontuais com nomes do DEM e do PSDB poderiam ser autorizadas. Outros afirmavam o contrário.

As contradições, segundo eles, vêm da dubiedade do texto que diferencia "ultraneoliberais" (DEM e PSDB) da "extrema direita".

Um dirigente citou o caso do Rio de Janeiro, onde existe chance de um segundo turno entre o prefeito Marcelo Crivella (PRB), considerado de "extrema direita" e Eduardo Paes (DEM). Neste caso, segundo petistas, o partido teria mais proximidade com Paes. Dirigentes também citam como exemplos pequenas cidades do interior onde o PT combate o bolsonarismo ao lado de democratas ou tucanos.

Estadão
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