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Após estimar custo em R$ 4 bi, Covas descarta isolar praças

Prefeitura cercou com tapumes a Praça do Pôr do Sol, em Pinheiros, na semana passada, para evitar aglomerações

13 abr 2020 - 15h34
(atualizado às 15h47)
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SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que não irá cercar com tapumes outras praças da capital paulista, a exemplo do que o ocorreu na semana passada na Praça do Pôr do Sol (cujo nome é Praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiro), em Pinheiros, zona oeste da cidade, como medida para garantir a não aglomeração de pessoas para retardar a propagação do novo coronavírus. O isolamento de um praça, disse Covas, só seria adotado em casos excepcionais, devido ao alto custo dessa ação.

Prefeito de São Paulo, participa de coletiva de imprensa sobre anúncio de medidas de combate ao coronavírus, no Palácio dos Bandeirantes.
Prefeito de São Paulo, participa de coletiva de imprensa sobre anúncio de medidas de combate ao coronavírus, no Palácio dos Bandeirantes.
Foto: ROBERTO CASIMIRO/ FOTOARENA / Estadão

"O custo para poder 'tapumar' (cercar com tapumes) a praça (Pôr do Sol) é de R$ 800 mil. Você imagina a gente 'tapumar' 5.000 áreas verdes e ajardinadas da cidade de São Paulo. Estamos falando aí de um custo de R$ 4 bilhões. Então, é impossível dizer que nós vamos tapumar todas as áreas verdes da cidade de São Paulo", afirmou o prefeito, durante entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira, 13, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado.

A Praça do Pôr do Sol foi cercada na quinta-feira passada, após a constatação de que o local, conhecido ponto turístico da capital, ainda vinha concentrando grande público.

Para o prefeito, a ação no local teve "valor pedagógico", no sentido de mostrar para a população que as aglomerações precisam ser evitadas.

"Em uma cidade em que se fala a todo momento que se precisa de áreas verdes, 'tapumar' uma praça teve um efeito pedagógico muito grande, muito mais importante do que evitar que as pessoas que estiveram lá voltassem a estar", declarou.

"Os subprefeitos estão acompanhando como está o desenrolar em todas as praças e áreas verdes da cidade, havendo necessidade, a gente vai fazer em outras, mas por enquanto não há nenhuma meta em relação ao fechamento de praças da cidade", concluiu Covas.

Estadão
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