Após estimar custo em R$ 4 bi, Covas descarta isolar praças
Prefeitura cercou com tapumes a Praça do Pôr do Sol, em Pinheiros, na semana passada, para evitar aglomerações
SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que não irá cercar com tapumes outras praças da capital paulista, a exemplo do que o ocorreu na semana passada na Praça do Pôr do Sol (cujo nome é Praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiro), em Pinheiros, zona oeste da cidade, como medida para garantir a não aglomeração de pessoas para retardar a propagação do novo coronavírus. O isolamento de um praça, disse Covas, só seria adotado em casos excepcionais, devido ao alto custo dessa ação.
"O custo para poder 'tapumar' (cercar com tapumes) a praça (Pôr do Sol) é de R$ 800 mil. Você imagina a gente 'tapumar' 5.000 áreas verdes e ajardinadas da cidade de São Paulo. Estamos falando aí de um custo de R$ 4 bilhões. Então, é impossível dizer que nós vamos tapumar todas as áreas verdes da cidade de São Paulo", afirmou o prefeito, durante entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira, 13, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado.
A Praça do Pôr do Sol foi cercada na quinta-feira passada, após a constatação de que o local, conhecido ponto turístico da capital, ainda vinha concentrando grande público.
Para o prefeito, a ação no local teve "valor pedagógico", no sentido de mostrar para a população que as aglomerações precisam ser evitadas.
"Em uma cidade em que se fala a todo momento que se precisa de áreas verdes, 'tapumar' uma praça teve um efeito pedagógico muito grande, muito mais importante do que evitar que as pessoas que estiveram lá voltassem a estar", declarou.
"Os subprefeitos estão acompanhando como está o desenrolar em todas as praças e áreas verdes da cidade, havendo necessidade, a gente vai fazer em outras, mas por enquanto não há nenhuma meta em relação ao fechamento de praças da cidade", concluiu Covas.