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Após greve, empresa de ônibus deixará de operar em São Paulo

5 set 2013 - 06h42
(atualizado às 06h50)
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A empresa de ônibus Oak Tree, em greve desde sábado, deixará de operar no sistema de transporte coletivo em São Paulo. Alegando problemas trabalhistas, a empresa entrou em acordo com a prefeitura, que vai aumentar o número de ônibus da operação Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência), utilizada em casos de emergência. Segundo nota divulgada pela SPTrans na noite desta quarta-feira, os ônibus de outras concessionárias já cobrem 75% da frota original da Oak Tree.

“A medida tem como objetivo retomar gradativamente a normalidade da operação do sistema naquela região. Agora, o Paese está atendendo com 62 ônibus os em média 42 mil usuários das nove linhas do trecho nos dias úteis.

Nos próximos dias, as demais empresas do Consórcio Sudoeste, formado pelas viações Transppass e Gato Preto assumirão as linhas até então operadas pela Oak Tree, mediante entendimento formalizado na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado de São Paulo”, informou a SPTrans por meio de nota. 

A situação é crítica também na Viação Itaquera Brasil/Novo Horizonte, que entrou em greve nesta quarta. Segundo a prefeitura, somente em 2013, a empresa recebeu 9.231 multas por conta de problemas no serviço prestado à população. As principais autuações são por descumprimento de intervalos e partidas e por veículos quebrados aguardando socorro no sistema viário. Última colocada no Índice de Qualidade de Transporte (IQT), a conduta da empresa é analisada pela Secretaria Municipal de Transportes, que estuda quais medidas serão adotadas para solucionar os problemas.

Haddad promete mudanças

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), declarou nesta quarta que a prefeitura vai ampliar as punições contra empresas que descumprem as normas do transporte público. “Nós temos duas empresas, a Oak Tree, na zona oeste, e a Itaquera Brasil, na zona leste, que vêm dando problemas desde o começo do ano. Todas as empresas de São Paulo estão recebendo religiosamente de acordo com o contrato assinado e não há justificativa para o direito dos trabalhadores não estar sendo respeitado. Então, o que recomendei ao secretário (de Transportes de São Paulo) Jilmar Tatto é, em função da reincidência, buscar definitivamente uma solução, seja pela substituição dessas empresas, seja pela mudança de linha para outros consórcios. Eu penso que nós chegamos a um ponto limite de tolerância”, afirmou Haddad.

Haddad disse ainda que a prefeitura estuda criar uma companhia municipal de ônibus, que atue em casos de emergência, como os registrados nesta semana. “Será um Paese  aperfeiçoado”, disse.

Segundo Haddad, o plano para a implementação da empresa já está em andamento. “É um estudo que eu já encomendei (ao Jilmar Tatto, secretário municipal de Transportes)."

Segundo o prefeito, a medida poderia ser tomada já no próximo ano. “Já tivemos reunião com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social) para saber da viabilidade técnica.”

Fonte: Terra
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