Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto (MTST) se reuniram com a presidente Dilma Rousseff, nesta quinta-feira, após realizarem uma manifestação cobrando soluções para o déficit habitacional. Só no Estado de São Paulo, segundo o movimento, a carência é de 6 milhões de moradias.
A reunião aconteceu no heliponto do Metrô, que fica ao lado do estádio Itaquerão, que será vistoriado pela presidente hoje. Cinco representantes do movimento se reuniram com Dilma e com o prefeito Fernando Haddad. Ela prometeu encaixá-los em programas federais, mas as demandas foram encaminhadas para o Ministério das Cidades, segundo informou a assessoria da presidência.
O MTSE promove uma série de ocupações de empreiteiras ligados ao setor de habitação – entre as quais, a Odebrecht, no Butantã (zona oeste), e a Andrade Gutierrez, no Brooklin (zona sul). A OAS, na avenida Angélica (região central), e um escritório da Queiroz Galvão, em local não informado, também foram alvo de ações dos sem teto.
“Estamos em contato com o cerimonial da Presidência porque esperamos que a presidente receba uma comissão nossa e atenda nossa pauta. Já fomos duas vezes só este ano falar com ela, levamos nossas reivindicações, e, até agora, nada”, afirmou Guilherme Boulos, um dos líderes do movimento, antes do encontro do movimento com Dilma.
Segundo Boulos, na pauta do movimento estão o pedido para ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida no Estado, a proposição de uma “lei nacional contra despejos” e a revisão da faixa familiar de renda de zero a três salários mínimos para critério de atendimento à habitação de interesse social (HIS).
“O salário mínimo aumentou, mas a renda das famílias, não. Muita gente não chega aos mais de R$ 2.100 de renda para ser inscrito”, definiu a liderança, segundo a qual novos atos do tipo deverão seguir, até a Copa do Mundo, “semanalmente”. O Mundial começa dia 12 de junho com o jogo entre Brasil e Croácia, em São Paulo.
“Isso que fazemos é um ato político. Pretendemos, até a Copa, fazer outros atos semanais semelhantes”, avisou o líder sem teto.
Além do evento de abertura do estádio, a agenda oficial de Dilma traz ainda uma reunião com líderes varejistas em um hotel da zona sul.
O MTST promove uma série de ocupações de empreiteiras ligados ao setor de habitação em São Paulo, entre as quais, a Odebrecht, no Butantã (zona oeste), e a Andrade Gutierrez, no Brooklin (zona sul)
Foto: Bruno Santos / Terra
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto (MTST) esperam se reunir nesta quinta-feira com a presidente Dilma Rousseff para cobrar soluções ao déficit habitacional que, só no Estado de São Paulo, segundo o movimento, é de 6 milhões de moradias
Foto: Bruno Santos / Terra
A OAS, na avenida Angélica (região central), e um escritório da Queiroz Galvão, em local não informado, também foram alvo de ações dos sem-teto
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Na pauta do movimento estão o pedido para ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida no Estado, a proposição de uma lei nacional contra despejos
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O grupo pede ainda a revisão da faixa familiar de renda de zero a três salários mínimos para critério de atendimento à habitação de interesse social (HIS)
Foto: Bruno Santos / Terra
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto (MTST) quer reunião com Dilma e ameaça atos "até a Copa"
Foto: Bruno Santos / Terra
Eles protestam contra os gastos públicos com a Copa do Mundo e consideram as construtoras um símbolo desses gastos
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Como a porta do prédio estava fechada, os manifestantes pegaram pedras do jardim e fizeram uma espécie de barricada, impedindo que funcionários saíssem ou entrassem no local
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A representante da administradora do prédio lamentou o episódio e disse que a Andrade Gutierrez possui apenas um escritório no endereço, as demais salas são ocupadas por funcionários de outas empresas
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Em atos contra a Copa do Mundo e por moradia, manifestantes fecharam vias de São Paulo e ocupam prédios de construtoras
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O grupo que iniciou a manifestação na região da Berrini se concentrou posteriormente em frente ao prédio da construtora Andrade Gutierrez, no Itaim Bibi
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Funcionários do prédio ficaram presos durante o protesto
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Esse era um dos protestos na capital nesta quinta
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O grupo fechou a marginal Pinheiros no início da manhã
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O ato foi pacífico em frente ao prédio da construtora na zona sul
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Mais cedo, outro grupo protestou por moradia na avenida Belmira Marin