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Após protesto, Dilma recebe MTST em São Paulo

Liderança do movimento quer que presidente receba comissão hoje, em São Paulo, mas a assessoria da Presidência não confirma

8 mai 2014 - 12h40
(atualizado às 15h56)
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Cerca de 100 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam por 15 minutos o hall de entrada do escritório da construtora Odebrecht, na Marginal Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.
Cerca de 100 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam por 15 minutos o hall de entrada do escritório da construtora Odebrecht, na Marginal Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.
Foto: Bruno Santos / Terra

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto (MTST) se reuniram com a presidente Dilma Rousseff, nesta quinta-feira, após realizarem uma manifestação cobrando soluções para o déficit habitacional. Só no Estado de São Paulo, segundo o movimento, a carência é de 6 milhões de moradias.

A reunião aconteceu no heliponto do Metrô, que fica ao lado do estádio Itaquerão, que será vistoriado pela presidente hoje. Cinco representantes do movimento se reuniram com Dilma e com o prefeito Fernando Haddad. Ela prometeu encaixá-los em programas federais, mas as demandas foram encaminhadas para o Ministério das Cidades, segundo informou a assessoria da presidência.

O MTSE promove uma série de ocupações de empreiteiras ligados ao setor de habitação – entre as quais, a Odebrecht, no Butantã (zona oeste), e a Andrade Gutierrez, no Brooklin (zona sul). A OAS, na avenida Angélica (região central), e um escritório da Queiroz Galvão, em local não informado, também foram alvo de ações dos sem teto.

“Estamos em contato com o cerimonial da Presidência porque esperamos que a presidente receba uma comissão nossa e atenda nossa pauta. Já fomos duas vezes só este ano falar com ela, levamos nossas reivindicações, e, até agora, nada”, afirmou Guilherme Boulos, um dos líderes do movimento, antes do encontro do movimento com Dilma.

Segundo Boulos, na pauta do movimento estão o pedido para ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida no Estado, a proposição de uma “lei nacional contra despejos” e a revisão da faixa familiar de renda de zero a três salários mínimos para critério de atendimento à habitação de interesse social (HIS).

“O salário mínimo aumentou, mas a renda das famílias, não. Muita gente não chega aos mais de R$ 2.100 de renda para ser inscrito”, definiu a liderança, segundo a qual novos atos do tipo deverão seguir, até a Copa do Mundo, “semanalmente”. O Mundial começa dia 12 de junho com o jogo entre Brasil e Croácia, em São Paulo.

“Isso que fazemos é um ato político. Pretendemos, até a Copa, fazer outros atos semanais semelhantes”, avisou o líder sem teto.

Além do evento de abertura do estádio, a agenda oficial de Dilma traz ainda uma reunião com líderes varejistas em um hotel da zona sul.

Fonte: Terra
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