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Após protestos, Amazonas permite reabertura do comércio

Medida começa a valer nesta segunda-feira, 28; lojistas de Manaus haviam feito uma manifestação contra as restrições para o funcionamento dos estabelecimentos

27 dez 2020 - 13h37
(atualizado às 14h46)
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MANAUS - Após dia de protestos contra o fechamento do comércio no Amazonas, o governador do Estado, Wilson Lima (PSC), anunciou, na madrugada deste domingo, 27, a revogação da medida e flexibilização do funcionamento do comércio.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC)
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC)
Foto: Diego Peres / Secom-AM / Reprodução / Estadão Conteúdo

De acordo com o governador, a partir de segunda-feira, 28, os estabelecimentos devem funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h (incluindo os vendedores ambulantes) e aos sábados e domingos somente nas modalidades delivery e drive-thru. Todos os estabelecimentos devem funcionar com limite de até 50% da capacidade. As medidas ficam em vigor até 11 de janeiro.

Os shoppings centers devem funcionar de segunda a sexta-feira, das 12h às 20h, sendo que aos sábados e domingos o funcionamento seria nas modalidades delivery e drive-thru. Novos ajustes nos horários ainda serão analisados entre o governo do Estado e os representantes dos centros comerciais.

Os horários de funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência e flutuantes serão ainda discutidos pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19 junto com os representantes do comércio. A realização de festas em condomínios fica proibida em áreas comuns, além da locação de flutuantes (balsas transformadas em ambiente de diversão).

Em contrapartida às novas medidas do decreto, os representantes do setor ficam responsáveis de fornecer transporte aos trabalhadores, máscaras, álcool em gel e apoio médico para funcionários com covid-19 durante o vínculo trabalhista. Ainda terão membros das associações participando das fiscalizações da CIF e apoio com caminhões com motorista, combustível e carregadores para transporte de cargas apreendidas durante as fiscalizações, além de prestarem apoio às campanhas de conscientização em veículos de comunicação sobre prevenção à covid-19.

"Os empresários do comércio estão solidários com todas essas medidas, que vão naturalmente contribuir para que a fiscalização seja mais intensa e realmente diminuam todos esses índices de contaminação. O nosso propósito é exatamente colaborar com as medidas do governo. As preocupações do governador expostas aqui são pertinentes, são realmente preocupantes, e a gente está com a nossa responsabilidade de atender à população, mas também de proteger a vida em todos esses momentos", afirmou Aderson Frota, presidente da Fecomércio AM.

Protestos

No sábado, a cidade de Manaus foi tomada por protestos contra as medidas de fechamento do comércio. Pela manhã, lojistas e comerciários bloquearam as principais avenidas do Centro Comercial. No período da tarde, motoristas de aplicativos de transportes e comerciantes fecharam a Avenida André Araújo, na zona Sul de Manaus, e entraram em confronto com a Polícia Militar. O conflito deixou, ao menos, três manifestantes feridos por balas de borracha.

Estadão
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