Apresentação de caças da FAB estilhaça vidros da fachada do STF
- Elaine Lina
- Direto de Brasília
A tradicional cerimônia de substituição da bandeira nacional, que ocorre no primeiro domingo de cada mês na Praça dos Três Poderes, em Brasília, provocou sustos nesta manhã.
60 anos de acrobacias: conheça a história da Esquadrilha da Fumaça
O sobrevoo de caças da Força Aérea Brasileira (FAB), que se apresentaram durante o evento, provocou muito barulho e a quebra de boa parte dos vidros da sede do Supremo Tribunal Federal. "Foi bem desagradável, eles (os aviões) passavam muito baixo e por diversas vezes. As pessoas estavam muito assustadas, e as crianças, chorando. O desconforto foi tanto que fomos embora mais cedo", relatou a servidora pública Silvia Rheinheiner, que levou o filho de 1 ano e meio para assistir à cerimônia.
Segundo a assessoria de imprensa da FAB, duas aeronaves Mirage F-2000 executaram o sobrevoo durante a solenidade, e uma onda de choque causou os danos às vidraças de "alguns órgãos públicos". Há relatos, conforme a FAB, de estragos no Senado e na Câmara dos Deputados.
O Comando da Aeronáutica já iniciou a apuração das circunstâncias do fato e irá ressarcir os prejuízos decorrentes, informou o órgão.
O evento mensal, durante o qual a enorme bandeira do Brasil é substituída por uma nova, costuma atrair público à Praça dos Três Poderes para assistir a apresentações de aviões da FAB, da Esquadrilha da Fumaça e da banda da Marinha.
60 anos da FAB
A apresentação fez parte das comemorações de 60 anos da Esquadrilha da Fumaça. Sete jatos T-27, fabricados pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), executaram 55 manobras acrobáticas, de forma isolada e em conjunto, fazendo desenhos de fumaça no céu de Brasília.
Muitas das manobras bateram recordes mundiais. Em 2006, os T-27 quebraram recorde ao executar manobras conjuntas com 12 aeronaves - limite superior ao de 2002, quando houve a participação de 11 aviões. Segundo capitão João Pivovar, piloto da esquadrilha, a FAB recebe cerca de 1,2 mil pedidos de demonstrações por ano, mas só consegue cumprir 10% desse total, pois os aviões são usados também na defesa aérea, quando não estão em manutenção na Academia da Força Aérea, em Pirassununga, São Paulo.
Com informações da Agência Brasil