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Arcebispo de Aparecida pede pátria sem armas, ódio e mentira

Dom Orlando Brandes se manifestou em missa; religioso ainda defendeu a vacinação contra a covid-19 e mostrou-se favorável à ciência

12 out 2021 - 10h59
(atualizado às 11h03)
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Durante a homilia na missa solene das nove horas da manhã no Santuário Nacional em Aparecida, no interior de São Paulo, o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, relembrou uma mensagem do Papa Francisco durante a sua visita ao Brasil em 2013 e fez um apelo pelo desarmamento.

Foto: RD1

O arcebispo começou a sua reflexão mencionando os povos indígenas, negros e as famílias enlutadas pela covid, buscando expandir o gesto simbólico do papa de abraçar o povo brasileiro. Elencando também que crianças e pobres formam o povo, Dom Orlando disse:

"Para ser pátria amada não pode ser pátria armada", e completou, "seja uma pátria sem ódio, uma república sem mentira e fake news". Ao finalizar a homilia, o arcebispo reafirmou o pedido por vacina e se mostrou favorável à ciência.

A celebração das nove horas foi a quarta do dia da padroeira em Aparecida. A igreja opera apenas com 30% da capacidade, recebendo 2,5 mil romeiros por celebração. Dentro do santuário o distanciamento tem sido respeitado e uso de máscara é obrigatório. O local espera receber entre 60 e 80 mil fiéis nesta terça-feira, dia das celebrações da padroeira do Brasil.

No ano passado, mesmo com as missas fechadas para o público, 30 mil pessoas foram ao santuário. Conforme a prefeitura, o policiamento foi reforçado pelo Estado e 500 policiais vão garantir a segurança, além do cumprimento das regras sanitárias contra a covid.

Nos dias que antecederam os preparativos para a celebração em Aparecida, quatro romeiros morreram - entre a noite de sábado, 9, e domingo, 10. Eles estavam a caminho da basílica de Nossa Senhora Aparecida.

Estadão
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