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Assaltado em rodoviária, europeu está há cinco meses 'preso' em cidade do litoral de SP

Cidadão da Moldávia, país do Leste Europeu, perdeu dinheiro e documentos e está em situação de vulnerabilidade social em Santos

17 mar 2025 - 22h39
(atualizado às 23h10)
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Imagem representativa: passaporte da Moldávia
Imagem representativa: passaporte da Moldávia
Foto: Ivan Halkin/Getty Images

Um drama internacional se desenrola em um abrigo para pessoas em vulnerabilidade social de Santos, no litoral de São Paulo: um cidadão europeu, natural da Moldávia, está há cinco meses sem conseguir deixar a cidade após ser assaltado na rodoviária e perder documentos e o dinheiro que tinha. O caso foi confirmado pela Prefeitura de Santos ao Terra.

Alguns dos desafios para a repatriação do moldávio são a dificuldade de comunicação, uma vez que ele fala apenas russo e romeno, e a falta de um consulado do país do Leste Europeu no Brasil -- a Moldávia tem, apenas, uma embaixada em Brasília. 

Flávio Bitelman, cônsul honorário da Moldávia no Brasil, explicou ao O Globo que a embaixada auxilia nos trâmites para que o europeu, que não teve o nome divulgado, tenha um passaporte emergencial. 

"Como ele não tem documento para ir embora do Brasil, consegui um link para ele criar um passaporte de uso único para sair do país e entrar novamente na Moldávia. As autoridades de Santos já foram avisadas sobre a emissão desse documento", afirmou Flávio. 

O alto custo de uma passagem para o país europeu também é um dos obstáculos à repatriação. Segundo Bitelman, tanto o Consulado Honorário quanto a Embaixada de Washington, acionada para auxiliar no impasse, não têm recursos para custear o retorno do cidadão à Moldávia. 

A família do cidadão também foi acionada, mas informou às autoridades que também não é capaz de custear a passagem, que pode chegar a R$ 10 mil. 

O caso foi parar na Câmara de Vereadores de Santos. A parlamentar Débora Camilo (PSOL) protocolou um requerimento em que questiona a Prefeitura sobre a situação do cidadão europeu e o repatriamento. 

"A equipe [do abrigo] tem buscado maneiras de viabilizar o recâmbio, porém não recebeu nenhum apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS) ou da Prefeitura. (...) Até o momento não tivemos nenhum avanço nas tratativas para viabilizar o recâmbio", argumenta a vereadora no requerimento.

Ela ainda questiona a prefeitura sobre o motivo para que a solicitação de recâmbio não tenha sido feita e qual o fluxo de recâmbio da Prefeitura de Santos para outros Estados brasileiros e outros países. 

Em nota ao Terra, a Prefeitura afirma que 'vem trabalhando no acolhimento assistencial' e 'dialoga com autoridades para viabilizar o repatriamento, ainda sem data definida'. Veja a nota, na íntegra, abaixo:

"O cidadão da Moldávia encontra-se acolhido na Seção de Abrigo (Seabrigo), do Município. No Brasil, não há consulado da Moldávia, somente uma embaixada com sede em Brasília (DF). A Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) vem trabalhando no acolhimento assistencial e, ainda, dialogando com autoridades para viabilizar o repatriamento, ainda sem data definida, por meio do recâmbio qualificado. A Seds informou que uma irmã do abrigado que vive na Moldávia já encaminhou documentos a fim de confirmar a familiaridade. Tratativas seguem com o cônsul honorário da Moldávia no Brasil".

Fonte: Redação Terra
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