Ataque a colégio no interior de Goiás com facas e machadinha deixa feridos
Segundo a Polícia Civil, o suspeito é um aluno de 13 anos, que foi apreendido
Um estudante de 13 anos invadiu um colégio estadual de Santa Tereza de Goiás, no Norte de Goiás, na manhã desta terça-feira, 11, com facas e machadinhos, e deixou ao menos três alunos feridos. O agressor foi detido por um auxiliar de limpeza da unidade escolar e, de acordo com a Polícia Civil, foi apreendido.
O ataque ocorreu por volta das 8 horas da manhã no Colégio Estadual Doutor Marco Aurélio. Três alunos, um menino e duas meninas, foram feridos com facadas. De acordo com nota do Governo de Goiás, as vítimas tiveram ferimentos leves, receberam atendimento médico e uma delas já está em casa. Nenhuma morte foi confirmada.
Em depoimento ao Terra, o delegado Stanislao Mont'Serra Garcia, responsável pelo caso, afirmou que o jovem lançou uma bombinha na sala de aula e, depois, atingiu os colegas com facadas.
Ele também tinha uma professora como alvo, mas ela conseguiu se trancar em uma sala de aula. Nesse momento, um auxiliar de limpeza do colégio conseguiu conter o menor.
Apreendido em flagrante, o estudante agressor foi encaminhado para a cidade de Porangatu. Ele vai responder por ato infracional de três tentativas de homicídio. Com ele foram apreendidos uma machadinha, duas facas, um estilete, uma balaclava, um fone de ouvido e outros itens.
Em sua casa, investigadores encontraram materiais e anotações que comprovam que ele planejava o ataque há algum tempo, confirmou o delegado.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) de Goiás, o aluno que promoveu o ataque não tinha histórico de violência junto à comunidade escolar. Não foi confirmada a suspensão de aulas na rede estadual.
Políticas de prevenção
De acordo com a Seduc, a segurança no entorno das unidades escolares do Estado foi reforçada com o apoio da Polícia Militar. A secretaria informa ainda que recursos já foram liberados para a implementação de sistemas de videomonitoramento e para a aquisição de detectores de metais portáteis nas escolas estaduais.
"Os gestores da rede pública estadual de ensino estão orientados sobre como agir em casos de denúncia e de ações como a que ocorreu na unidade escolar em Santa Tereza, seguindo o Protocolo de Segurança Escolar, o que inclui o acionamento imediato do Conselho Tutelar da região, das famílias e responsáveis, da Polícia Militar e da Polícia Civil", complementa a Seduc, em nota.
Outras investigações
Nesta terça-feira, 11, a Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Goiânia e Rio Quente, por conta de ameaças de ataques feitos no ambiente virtual. Outro jovem com comportamento suspeito foi apreendido pela Polícia Civil em Rio Verde. Todos os casos seguem sendo investigados.