Ataque em escola estadual de SP deixa uma pessoa morta e duas feridas
Caso ocorreu na manhã desta segunda-feira, 23, na Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo
Um estudante de uma escola estadual no Jardim Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, atirou contra três pessoas na manhã desta segunda-feira, 23. Uma aluna não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada em um hospital da região.
O caso ocorreu na Escola Estadual Sapopemba, localizada na Rua Senador Nilo Coelho, por volta das 7h30. Ainda conforme a PM, o atirador, de 16 anos, é aluno da escola e foi apreendido. As três vítimas feridas por disparo de arma de fogo foram socorridas ao Pronto Socorro do bairro, e uma não resistiu.
Ainda segundo a PM, uma quarta vítima teve ferimentos leves, que não foram ocasionados por disparo de arma de fogo. Ela também foi encaminhada ao Hospital Geral de Sapopemba. O suspeito foi apreendido e encaminhado para o 70º DP da cidade, onde foi ouvido. A arma usada por ele - um revólver calibre .38 - também foi apreendida. Equipes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros estiveram no local.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, expressou solidariedade pelo caso e disse que o laboratório de crimes cibernéticos foi acionado para auxiliar a Polícia de São Paulo a aprofundar as investigações.
Solidariedade às vítimas, suas famílias e à comunidade da escola estadual de São Paulo, alvo de ataque com arma de fogo. Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça foi acionado para auxiliar a Polícia de São Paulo a aprofundar as investigações.
— Flávio Dino (@FlavioDino) October 23, 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também lamentou o ocorrido. "Recebi com muita tristeza a notícia do ataque na Escola Estadual Sapopemba, Zona Leste de São Paulo. Meus sentimentos aos familiares da jovem assassinada e dos estudantes feridos. Não podemos normalizar armas acessíveis para jovens na nossa sociedade e tragédias como essas", escreveu.
Recebi com muita tristeza a notícia do ataque na Escola Estadual Sapopemba, Zona Leste de São Paulo. Meus sentimentos aos familiares da jovem assassinada e dos estudantes feridos. Não podemos normalizar armas acessíveis para jovens na nossa sociedade e tragédias como essas.
— Lula (@LulaOficial) October 23, 2023
Em nota enviada ao Terra, o Governo de São Paulo também lamentou o ocorrido e afirmou que se solidariza com as famílias das vítimas do ataque ocorrido nesta segunda. Nesse momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares.
Atirador avisou sobre 'massacre'
O aluno que promoveu o ataque a escola teria avisado duas semanas antes que faria um "massacre" no local, mas ninguém acreditou. "Ele avisou que ia fazer o massacre. A gente não acreditou. Ele falou que ia fazer, porque não gostava da gente. Foi umas duas semanas atrás. A gente não acreditou porque não sabia que ele ia ter coragem”, declarou a estudante Carla à Rádio CBN.
A aluna do Ensino Médio da Escola, Maria Isabel, afirmou à TV Globo que os tiros ocorreram próximo a uma sala de aula. "Eu estava no banheiro quando ouvi os disparos, quando sai do banheiro, vi algumas pessoas caídas na porta da sala do lado, onde aconteceu o tiroteio. As pessoas começaram a correr e aí eu vi que era do primeiro ano", relatou ela.
Ao Terra, Vera Lúcia Brito, de 60 anos, contou que a neta estuda na mesma escola onde ocorreu o ataque e que a estudante chegou a topar com o atirador no corredor. "A minha neta topou com ele no corredor, mas ela voltou da pilastra para trás e ele desviou, graças a Deus", afirmou ela.
Embora sua neta não compartilhasse a mesma sala de aula com o atirador, ela o conhecia do horário de recreio e tinha conhecimento de que ele estava sofrendo bullying. "Ela falou que o atirador sofria bullying aí também, mas nesse dia não sabe o que aconteceu. Minha neta está em choque, ela não quis tomar café, perdeu um tênis por aqui, correndo, que ela mora aqui perto, e ela correu muito. Quando ela chegou ela batia na porta porque ela achava que ele tava atrás dela", disse a avó.
*ATENÇÃO: Se você sofre algum tipo de bullying na escola ou cyberbullying de colegas na internet, faça a denúncia no Disque 100 – Disque Direitos Humanos. A ligação é gratuita e o atendimento é feito 24 horas por dia. Para receber atendimento ou fazer denúncias pelo WhatsApp, basta enviar mensagem para o número 61 99656-5008. Também é possível ser atendido pelo Telegram, basta digitar "Direitoshumanosbrasil" na busca do aplicativo. Após uma mensagem automática inicial, o atendimento será realizado pela equipe do Disque 100.
Se você é pai, mãe ou responsável por uma vítima de bullying, converse com ela. Procure a direção da escola para tentar solucionar o problema entre os envolvidos e suas famílias. Se o(a) diretor(a) não tomar nenhuma atitude, formalize a denúncia em casos mais graves no Conselho Tutelar ou na polícia da sua cidade.