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Barrado em banco, homem mostra cicatriz de prótese metálica

É a quinta vez que Marcelo Cabral foi impedido de entrar em agência; nas redes sociais, ele cogita ter sido vítima de racismo

17 set 2021 - 10h35
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Marcelo Cabral
Marcelo Cabral
Foto: TV Globo / Reprodução

Marcelo Cabral, de 47 anos, enfrentou por cinco vezes uma situação humilhante ao tentar entrar em uma agência bancária em Vitória, no Espírito Santo. Devido a uma prótese de metal no quadril, ele foi parado na porta do banco, mas sua justificativa não foi suficiente para convencer os seguranças a deixá-lo entrar.

Revoltado, ele abaixou as calças em público para mostrar a cicatriz e provar que realizou a cirurgia. A mulher de Marcelo filmou o ocorrido. Marcelo publicou o vídeo nas redes sociais, junto com seu desabafo. “Irritado, abaixei minha calça e mostrei em minhas nádegas o local da cirurgia. Passando um constrangimento absurdo porque naquele momento o banco estava cheio de clientes e todas inconformados com a atitude do segurança e, vendo minha dor pelo constrangimento”, relatou.

Marcelo, que é um homem negro, cogita ter sido vítima de racismo; em seu relato, ele disse que, não tendo certeza do crime, optou por não registrar um boletim de ocorrência. “Até agora não sei que tipo de vítima eu fui. Se de racismo, ou de qualquer outra situação criminosa. Só sei que foram momentos em que eu desejei matar uma pessoa de tanta raiva. Naquele momento como não soube identificar que tipo de situação passava na cabeça do agente, resolvi não fazer um BO”;

À TV Globo, Marcelo mostrou o local onde fica localizada a sua prótese. Segundo ele, essa foi a quinta vez que ele passa por essa situação.

Foto: TV Globo / Reprodução

"É para a segurança de quem está no banco, mas já tiveram bancos em que fui parado, comuniquei que tinha prótese e imediatamente me deixaram entrar sem ter que apresentar documentação ou laudo dizendo que utilizava prótese. A angústia foi crescendo e numa atitude meio impensada eu abaixei a calça e mostrei a cicatriz para ele. Mesmo assim eles não deram atenção", contou.

Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que Marcelo recebeu "o adequado encaminhamento para atendimento" na agência de Jucutuquara. 

"A Caixa informa que são valores essenciais do banco o respeito nas relações entre seus empregados e o público e o atendimento com zelo, presteza e prontidão aos clientes e usuários. Em atenção ao caso relatado, o banco esclarece que, ao entrar na agência, os clientes passam por triagem, de modo a garantir o correto direcionamento no atendimento e distribuição de senhas. Assim que informou sobre a prótese, o cliente recebeu o adequado encaminhamento para atendimento",

Fonte: Redação Terra
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