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Bebê nasce e sai ileso em acidente que matou gestante na Régis Bittencourt

Mãe foi arremessada para fora do caminhão e atingida por uma carga de madeira. Socorristas encontraram o bebê chorando e o levaram ao hospital, em bom estado de saúde

27 jul 2018 - 19h50
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SOROCABA - Um bebê do sexo feminino nasceu em meio a um acidente automobilístico em que a barriga de sua mãe gestante foi atingida pela carga de um caminhão, na tarde desta quinta-feira, 26, na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em Cajati, interior de São Paulo. A criança foi resgatada em meio às vísceras da mãe, atingida pela carga de pranchas de madeira processada do caminhão.

Bebê foi socorrido nas margens da rodovia
Bebê foi socorrido nas margens da rodovia
Foto: Arteris/divulgação / Estadão

O médico que atendeu o bebê na rodovia e os profissionais de saúde que receberam a criança no hospital falam sobre a baixa possibilidade de a criança ter escapado de também ser uma vítima do acidente. Na tarde desta sexta-feira, 27, a bebê permanecia internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Regional de Pariquera-Açu, mas em bom estado de saúde. Sua mãe ainda não tinha sido identificada.

A mulher, em gestação adiantada, viajava de carona com o motorista do caminhão, no sentido Curitiba-São Paulo, quando o veículo capotou. A gestante foi projetada para fora da cabine e acabou esmagada pela carga. O médico que atende a concessionária da rodovia, Elton Fernando Barbosa, ainda se emociona quando conta o que viu quando chegou ao local. "Era um acidente grave e havia relato de uma pessoa morta. Ao chegar, vi que o motorista estava ferido, mas era atendido pela equipe básica. Segui em busca da vítima fatal que estava sob a madeira, quando ouvi um choro de bebê. Foi uma apreensão total, pois não havia relato de outra vítima."

Ele conta que, ao remover parte da madeira, encontrou o corpo da mulher bastante ferido, mas o bebê chorava em meio ao sangue. Rapidamente, ele liberou o corpo, cortou o cordão umbilical e providenciou a condução da criança, de ambulância, ao hospital. "Ela estava perfeita, saudável, sem um arranhão. Podemos classificar que, naquelas circunstâncias, foi realmente um milagre ela ter sobrevivido."

O motorista Jonathan Ferreira também foi levado ao hospital de Pariquera-Açu. Ele disse aos socorristas que não conhece a mulher e apenas havia dado carona a ela. Nesta sexta, o corpo da mãe do bebê permanecia no Instituto Médico Legal (IML) de Registro à espera de identificação e de que algum familiar fosse localizado. Se nenhum parente se apresentar, o Conselho Tutelar de Pariquera-Açu vai encaminhar o caso à Justiça, que decidirá o destino da criança.

Estadão
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