Por que a carta do Marcos, ex-BBB, é machista?
Depois de virar alvo de uma investigação sobre agressão contra Emilly, médico escreve carta pública em que se coloca como vítima
O médico Marcos Harter, participante da última edição do reality da TV Globo, Big Brother Brasil, parece que tem tentado de tudo para suspender a investigação de supostas agressões físicas e psicológicas que ele teria cometido enquanto estava confinado. A vítima é a estudante Emily Araújo, vencedora da edição 17 do programa, e com quem o acusado teve um namorico. A reação contra o jeito truculento com que Marcos tratava Emilly em rede nacional começou, primeiramente, a comover os espectadores.
Falaram tanto, tanto, que a delegada Viviane Costa decidiu agir e intimou Marcos a depor. Ao mesmo tempo, a TV Globo decidiu que o participante seria banido, diante de tantos indícios e gravações dessas agressões. Em uma das piores delas, ele chegou a chacoalhar a garota pelo braço.
Geralmente, eu não falaria do BBB. Não é porque não goste, mas simplesmente porque não acompanho. Mas a partir do momento em que um homem agride verbal e fisicamente uma mulher em rede nacional, não há como se calar. E, não suficiente, no último dia 22 de abril, Marcos decidiu escrever uma carta pública para Emilly e publicou no facebook dele.
A carta, que eu comento no vídeo, reforça a estratégia de agressores e é de uma machismo muito comum em casos de gaslighting. Para quem não sabe, esse termo se refere ao abuso psicológico entre duas pessoas que têm relacionamento afetivo, sendo que uma delas distorce informações, omite tantas outras, para parecer que a vítima está louca.
Nas mesmas redes sociais em que muita gente se rebelou com as atitudes do cara contra a estudante, tantas outras têm acusado Emilly de aproveitadora, dissimulada e até Judas. Ou seja, a vítima, mais uma vez, se torna culpada. Acompanhe no vídeo clicando aqui no Cenas da Cidade.