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Sírio que deixou Aleppo fala de dor, saudade e sonhos

A guerra na Síria já dizimou mais de 300 mil pessoas e passados quase seis anos não há perspectiva de que tenha um fim

26 abr 2017 - 09h00
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Em quase 6 anos de conflitos no território sírio, por causa do regime de Bashar Al-Assad, os ataques contra civis foram incontaveis, deixaram milhares de mortos, destruíram por completo cidades de grande importância como Aleppo e continuam preocupando a comunidade internacional por causa do fluxo migratório e as péssimas condições humanitárias, de higiene e de cuidados médicos, já que muitos locais não há mais possibilidade de acesso. São refugiados dentro do próprio país.

Os Capacetes Brancos já foram tema de documentário e são civis que atuam no resgate de vítimas de bombardeios
Os Capacetes Brancos já foram tema de documentário e são civis que atuam no resgate de vítimas de bombardeios
Foto: Divulgação / ObaOba

No sul da Síria, confrontos se intensificaram entre os meses de fevereiro e março deste ano, em decorrência da disputa do controle da cidade de Dara'a. Nos últimos dois anos, o avanço do Estado Islâmico trouxe mais violência para a já sangrenta e emaranhada guerra. Recentemente, um ataque químico deixou mais de 70 civis mortos. O que mais impressiona em todos esses ataques é que, em sua maioria, há muitas crianças entre as vítimas. E há algo de muito alarmante com relação a quem vê essa guerra à distância, mas que já esteve lá ou ainda tem pessoas que ama em território sírio, e os que ainda não deixaram o país: aqui e lá há situação e oposição.

Há um ano, por causa do Fórum Mundial das Migrações, que aconteceu em São Paulo, tive a oportunidade de conhecer e conversar com o sírio Ahmad Babi, que deixou a família e a cidade onde nasceu e cresceu, Aleppo, há mais de 4 anos, para fugir da carnificina. Desde então vive no Brasil.

Ele me contou que na comunidade síria aqui no nosso país, assim como acontece na Síria, há grupos que defendem o regime ditatorial de Bashar Al-Assad, porque consideram que o grande articulador e operador - e, portanto, culpado - da guerra são os Estados Unidos. Ao mesmo tempo há outros que querem a destituição do do atual presidente, no poder desde os anos 2000, porque consideram que os russos têm interesse na manutenção do totalitarismo. Além disso, consideram que é um desejo do povo ter direito a escolher um novo líder, como evidenciou a Primavera Árabe. Russos e americanos evidentemente estão em lados opostos nessa guerra. E embora estejam mantendo as aparências dentro do possível, não conseguem disfarçar as evidências de escolhas de lados e da iminências de um rompimento eterno e, em se tratando dos dois países, com possibilidade de mais derramamento de sangue.

Abaixo você acompanha o vídeo, produzido no ano passado, mas que continua, trsitemente, mais atual do que nunca:

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