Bombeiro foi 1º a entrar em avião: Chamei, mas sem resposta
Testemunhas contaram que o bimotor que levava Marília Mendonça caiu rodopiando em Piedade de Caratinga, interior de Minas Gerais
Após morte de Marília Mendonça e outras quatro pessoas em acidente de avião que caiu em Piedade de Caratinga, interior de Minas Gerais, todos querem saber qual foi o motivo que provocou a queda do bimotor a menos de 5 km do seu destino final. O choque com um cabo da linha de transmissão de energia já está confirmado, mas o voo baixo ainda segue intrigando a investigação.
As testemunhas do acidente foram funcionários da propriedade onde a aeronave caiu. O dono do imóvel foi avisado e ligou para o resgate. O soldado Rafael Libardi foi o primeiro bombeiro a entrar no avião.
"Me aproximei do avião, a porta do avião já estava aberta. Eu chamava, tentava verbalizar, tentava buscar uma resposta de alguém. Aí que eu fui me dar conta que realmente era Marília Mendonça", disse em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.
Kleyton Ferreira de Carvalho, médico do Samu, relembrou as condições que viu a aeronave e foi o responsável por constatar a morte de todos os ocupantes: "A aeronave estava bastante quebrada, tinha bastante destroços na aeronave, a bagagem estava sobre as vítimas. E, prontamente, eu fui em cada um para verificar se tinha sinais vitais, se estariam vivos, né? Eu reconheci que já estavam em óbitos, e aí depois que eu verifiquei todos os sinais vitais, e saí da aeronave".
De acordo com doméstica Dila Santos, o avião caiu rodopiando. "Foi uma zoeira muito forte, né? Eu sabia que tinha um avião passando. Como estamos acostumados aos aviões passar aqui, só pensei: nossa, tá muito baixo, né? Esse avião está voando muito baixo. Eu olhei para cima, aí ele já veio rodando, girando, rodando e pum, caiu", relembrou.