Bombeiros: incêndio em Santos é o "mais difícil" da história
Incêndio que já dura cinco dias e atingiu seis tanques de combustíveis no litoral é o mais "perigoso" já enfrentado pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo
O trabalho de combate ao incêndio que há cinco dias atinge parte de um parque industrial de Santos, no litoral de São Paulo, é o “mais difícil” e o mais “perigoso” já enfrentado pelo Corpo de Bombeiros do Estado. A informação foi dada pelo porta-voz da corporação, capitão Marcos Palumbo.
“É a operação mais difícil, acredito eu, que a emergência no Estado de São Paulo já enfrentou. Não houve nenhum tipo de trabalho tão perigoso quanto combater a esse incêndio. Tanto em relação aos líquidos inflamáveis quanto à quantidade de materiais que possui o parque”, afirmou o porta-voz nesta segunda-feira.
O incêndio começou na manhã da última quinta-feira e já atingiu seis tanques de combustíveis da empresa Ultracargo, dos quais dois continuam em chamas na noite desta segunda (6). Não houve vítimas. "Dentro desses tanques há 5 milhões de litros de gasolina, que estão fervendo. Então a partir do momento em que entra em contato com o oxigênio e o calor, o combustível pode gerar uma pequena labareda e, se não for resfriado e combatido, volta o incêndio ao ponto inicial", continuou.
De acordo com Palumbo, quase 200 bombeiros trabalham na operação: 118 homens do Estado e mais 80 brigadistas da iniciativa privada. Agora, após mais de 100 horas de trabalho, os bombeiros apostam em um “ataque” com espuma, que tem o objetivo de apagar o fogo nos dois tanques, ao mesmo tempo em que mantém resfriados os tanques ao redor, evitando novos incêndios – a temperatura no local varia de 600ºC a 800ºC. Não há previsão de encerramento dos trabalhos.
"Não há motivo para pânico" em Santos, diz bombeiro:
“Apagar o fogo não quer dizer que vá terminar a ocorrência, porque há ainda o líquido (gasolina no tanque). Nós temos uma câmara térmica que consegue determinar para a gente que o líquido está muito quente e que há possibilidade, mesmo sem fogo, de que esse líquido quente possa iniciar novamente um incêndio”, disse Palumbo. “A estratégia de resfriamento não é à toa. Ela é necessária para que a gente tenha a condição de segurar o incêndio. E estamos evoluindo, porque ele não passou ainda para nenhum outro tanque e a tendência é que isso não aconteça nas próximas horas”, continuou o porta-voz dos Bombeiros.
De acordo com Palumbo, os seis tanques que foram atingidos pelas chamas continham álcool ou gasolina, mas há outros 21 tanques com material inflamável nas proximidades, que precisam ser resfriados – o parque industrial tem 175 tanques no total.
“Se não tivermos o controle sobre esses tanques, a situação, que agora está sob controle, pode ficar fora de controle novamente. Nós vamos permanecer fazendo o combate (ao fogo) e também resfriando os tanques”, afirmou Palumbo.
Além dos quase 200 homens, a operação conta com o apoio de quatro navios (um da Petrobras, dois rebocadores e um navio do Corpo de Bombeiros), que trabalham no resfriamento dos tanques e bombeiam 75 mil litros de água por minuto para o incêndio.
Um incêndio de grandes proporções atingiu tanques de gasolina e etanol de uma empresa em Santos, litoral de São Paulo, na manhã desta quinta-feira
Foto: Jéssica Cagliari / vc repórter
Chamas bem altas se espalharam para outros tanques
Foto: Delamonica / Futura Press
Bombeiros enfrentam dificuldade para combater o fogo
Foto: Delamonica / Futura Press
Local fica próximo à rodovia Anchieta
Foto: Delamonica / Futura Press
Fogo consome tanques de combustíveis em Santos
Foto: Luiz Santos / vc repórter
Navio Fleury foi usado para combater o fogo
Foto: @BombeirosPMESP / Divulgação
O fogo e a fumaça do incêndio na Ultracargo puderam ser observados a quilômetros de distância
Foto: Luiz Santos / vc repórter
Segundo os bombeiros, a embarcação tira a água do mar
Foto: @BombeirosPMESP / Divulgação
Fogo atinge tanque de combustível da empresa Ultracargo
Foto: Marcelo Bonafin / vc repórter
Fumaça pôde ser vista de longe no litoral sul de São Paulo
Foto: Marcelo Bonafin / vc repórter
Fumaça preta tomou conta do céu
Foto: Jéssica Cagliari / vc repórter
Todos os funcionários da empresa foram retirados do local com segurança
Foto: Marcio Tovar / vc repórter
A área de isolamento chega a cinco mil metros
Foto: Marcelo Bonafin / vc repórter
Por conta do incêndio, a concessionária que opera o Sistema Anchieta-Imigrantes bloqueou o acesso ao Viaduto da Alemoa
Foto: João Miguel Gonçalves / vc repórter
Incêndio atinge tanques de combustível da empresa Ultracargo, na área industrial da Alemoa, em Santos (SP)
Foto: delamonica/Futura Press / Futura Press
Um dos tanques que explodiu estava carregado com 3 milhões de litros de óleo diesel, o que dificulta o serviço e pode fazer com que as chamas durem ainda alguns dias
Foto: delamonica/Futura Press / Futura Press
Apesar de o incêndio ser de grandes proporções, ninguém ficou ferido
Foto: delamonica/Futura Press / Futura Press
Na sexta-feira (03), o fogo chegou ao quinto tanque com mais de seis milhões de litros de combustível
Foto: delamonica/Futura Press / Futura Press
O Corpo de Bombeiros manteve a operação iniciada no dia anterior, mas não conseguiu controlar as chamas
Foto: Márcia Campos / vc repórter
Oincêndio já atingiu cinco tanques e que os trabalhos seguem ininterruptos
Foto: delamonica/Futura Press / Futura Press
Em razão do fogo, a concessionária que opera o Sistema Anchieta-Imigrantes bloqueou o acesso ao Viaduto da Alemoa
Foto: delamonica/Futura Press / Futura Press
Os bombeiros acreditam que os trabalhos podem demorar até quatro dias para ser encerrado
Foto: delamonica/Futura Press / Futura Press
No início da tarde deste sábado, uma grande quantidade de fumaça ainda podia ser observada a distância
Foto: Marcio Tovar / vc repórter
Imagem registrada na Ilha Barnabé, na região do Porto de Santos, mostra fumaça saindo dos tanques incendiados
Foto: Luiz Santos / vc repórter
Na terça-feira (7), peixes mortos fortam encontrados no canal do Porto de Santos; coleta realizada nos rios mostrou que o teor de oxigênio dissolvido e a temperatura da água são prejudiciais para a vida aquática
Foto: Luiz Santos / vc repórter
De longe, ainda é possível acompanhar proporção das chamas em Santos