Bombeiros que combatem fogo em Santos ganham ovos de Páscoa
Incêndio teve início na quinta-feira e é combatido por bombeiros de várias cidades
Após três dias de trabalho incessante no combate às chamas que atingiram seis tanques de combustíveis em Santos, no litoral de São Paulo, o Corpo de Bombeiros recebeu uma homenagem em pleno feriado de Páscoa. Militares que trabalhavam no local receberam ovos de chocolate para poder comemorar o feriado, mesmo longe da família.
A homenagem foi providenciada pelo comandante da corporação, Coronel Marco Aurélio, pelo comandante-geral da PM, Ricardo Gambaroni e pelo prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa.
Na noite de ontem, o fogo se restringia a dois tanques no depósito da Ultracargo, segundo informou a Defesa Civil. As equipes que trabalham no local desde quinta-feira, dia do início do incêndio, retiraram os componentes químicos dos depósitos, pelo risco de explosão e liberação de fumaça tóxica, que poderia colocar a população em risco. Os bombeiros já estão com um plano de evacuação, que ainda não foi implementado porque a situação está controlada.
"O importante é que, até o momento, não há necessidade de tirar as pessoas que estão próximas ao local. Não houve nenhum pedido ao Governo Federal para isso. Mesmo tendo um cenário hoje estável precisamos estar preparados, ter esse plano. O pessoal do exército preparado para nos ajudar, mas tudo isso por questão de prevenção, ainda", disse o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Defesa Civil, José Roberto Rodrigues de Oliveira.
Oliveira acrescentou que existem "muitos tanques com gasolina, etanol e até ácidos, uma infinidades de produtos químicos", mas que os que causavam mais preocupação foram isolados por uma barreira.
O governo de São Paulo anunciou no sábado (04) a instalação de um gabinete de crise na prefeitura de Santos para acompanhar e tomar providências em relação ao incêndio nos depósitos da Ultracargo, que teve início na última quinta-feira (02).
Restrição de caminhões
O Gabinete de Integração, com participação da prefeitura de Santos e dos governos estadual e federal, decidiu, neste domingo, restringir o acesso de caminhões vindos com destino ao Porto de Santos, porque a alça de acesso ao Viaduto da Alemoa continua fechada por causa do incêndio que atinge, desde quinta-feira, 02, depósitos de álcool e gasolina da empresa Ultracargo, no Terminal de Alemoa. De acordo com a prefeitura, a medida visa a evitar que a entrada de Santos fique bloqueada.
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) ficou encarregada de comunicar a decisão a todos os terminais do Porto de Santos. A Polícia Rodoviária e a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, farão barreiras de veículos e a Agência de Transporte do Estado de São Paulo comunicará os motoristas de caminhão por meio das placas informativas nas estradas paulistas que dão acesso ao porto.
Os caminhões serão retidos pela Polícia Rodoviária no Km 40 da interligação do Sistema Anchieta-Imigrantes, em duas faixas de 8 quilômetros (km), totalizando 16 km. A viagem será permitida apenas aos motoristas com destino ao Guarujá.
Agentes do trânsito estarão distribuídos nos semáforos nas vias próximas à entrada de Santos e também no centro da cidade para orientar os motoristas, alertando que eles evitem trafegar pela Avenida Perimetral do Porto. Para os caminhões que saírem do Porto de Santos em direção a São Paulo, haverá comboios no início da Rua João Pessoa, para liberação gradual até a Martins Fontes e a Via Anchieta.